O potencial ingresso do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, na corrida presidencial ganhou destaque nas páginas do Globo deste sábado, 27. O periódico conduziu uma entrevista exclusiva com Caiado, onde ele discutiu sua trajetória no Congresso e os programas estaduais bem-sucedidos que o credenciam para a disputa.

“Cada ação acumulada hoje me coloca como pré-candidato pelo União Brasil”, afirmou. “Estou disponível para a Presidência, orgulhoso dos avanços em educação, saúde e empregabilidade em Goiás. Temos uma abordagem abrangente que me qualifica.”

Caiado sublinhou a importância do apoio potencial do ex-presidente Jair Bolsonaro em sua campanha, destacando valores conservadores compartilhados desde os anos 1980. “Buscarei o apoio dele para minha candidatura. Nenhuma decisão está definitiva”, observou, enfatizando que essa não é uma condição decisiva. “Não posso transferir a ele a responsabilidade pela minha pré-campanha. Devo merecer apoio.”

Quanto à possibilidade de seu partido, União Brasil, se alinhar com o presidente Lula, Caiado reiterou a postura conservadora da legenda, sugerindo que uma aliança futura é improvável, apesar da cooperação atual em questões de interesse nacional. “Trabalho com prefeitos do PT e do PSB, mas não estarei em seus palanques.”

Sobre as eleições municipais em Goiânia, Caiado, sem declarar apoio a um candidato específico, busca unificar partidos em torno de uma candidatura da base. Sobre a ausência do presidente Lula em Goiás durante sua gestão atual, Caiado enfatizou a hospitalidade do estado a qualquer chefe de Estado, demonstrando respeito aos protocolos necessários.

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Em relação à segurança pública, Caiado criticou a proposta de criar um Conselho Nacional das Polícias, defendendo uma abordagem mais integrada entre as diversas forças policiais e maior autonomia estadual. “Segurança pública não se baseia em teorias. É essencial integrar as polícias Federal, Militar, Civil e Penal, com parcerias e centros de controle”, afirmou.

Ele também se opôs à regulamentação do uso de câmeras em uniformes policiais, sugerindo que a prioridade deve ser a monitorização de criminosos.

Ao abordar questões agrárias, Caiado criticou a inércia do governo federal em relação ao MST, considerando-o negligente e destacando a importância de conter invasões de propriedades.

Fotos: Cristiano Borges e Romulo Carvalho