Quatro pessoas são presas por vender remédio para emagrecer, em Goiânia

Grupo comercializava medicamentos ilegalmente

MédicoFoto: Polícia Civil

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Nesta segunda-feira (28/10), um médico, um personal trainer e um casal foram presos em Goiânia sob suspeita de comercializar medicamentos para emagrecimento de forma ilegal. Entre os produtos vendidos estava o medicamento “Mounjaro”, conhecido popularmente como o “Ozempic dos ricos”.

O personal trainer Tiago Vieira Bastos e o médico Diego Ferreira da Costa foram presos em flagrante durante uma operação policial, assim como o casal Niltom e Célia, que teria trazido o medicamento do exterior.

As investigações tiveram início após uma denúncia anônima que apontava para a venda do Mounjaro, um medicamento originalmente usado para tratar diabetes e com efeitos colaterais de emagrecimento, que estava sendo divulgado nas redes sociais do personal trainer.

Com base na denúncia, a Polícia Civil monitorou uma entrega feita por Tiago, que confessou a prática ao ser abordado. Além de algumas caixas do Mounjaro, a polícia encontrou anabolizantes com o personal, que afirmou serem para consumo pessoal. Em depoimento, ele revelou que os medicamentos vinham de um médico, que já havia sido seu aluno.

A polícia então localizou o médico Diego Ferreira da Costa, que admitiu adquirir o produto com um casal residente em Londres, atualmente em Goiânia. Niltom e Célia foram detidos após a apreensão de 11 caixas do Mounjaro em sua casa; os suspeitos admitiram ter vendido 39 das 50 unidades trazidas do exterior antes da ação policial.

Os quatro detidos serão investigados por associação criminosa e pela venda de medicamentos sem procedência regular. Segundo a polícia, os produtos não possuíam documentação que comprovasse sua origem e não havia garantia de que fossem mantidos em condições adequadas de refrigeração.

Em resposta, a defesa do médico Diego Ferreira da Costa emitiu uma nota afirmando que ele é inocente e que a prisão foi indevida, já que o medicamento possui aprovação da Anvisa desde o ano passado. A defesa destacou que o médico está cooperando com as investigações.

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