A Polícia Civil de Goiás deflagrou a operação Paenitere, nesta quinta-feira (07/11), para cumprir 50 mandados de prisão temporária e outros 50 de busca e apreensão contra uma organização criminosa especializada em fraudes eletrônicas e lavagem de dinheiro, através do golpe do “novo número”.
A ação, considerada a maior do ano pela corporação, envolve 250 policiais e ocorre em Goiânia, sete cidades do interior goiano, além do Rio de Janeiro e Mato Grosso. O prejuízo causado às vítimas é estimado em R$ 7 milhões. A operação foi batizada de Paenitere, que significa arrepender-se, em latim.
As prisões em Goiás foram realizadas em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Senador Canedo, Trindade, Porangatu, Jaraguá, Santa Helena e Britânia. Também foram detidos suspeitos em Barra do Garças (MT) e no Rio de Janeiro (RJ).
A investigação teve início após criminosos usarem dados da modelo Carol Trentini, do estado de Santa Catarina, para aplicar golpes contra a mãe dela, uma idosa, que teve um prejuízo de R$ 125 mil. Segundo o delegado Maytan Santana Lima, a investigação rapidamente revelou uma operação em larga escala, com vítimas em diversos estados brasileiros e um núcleo central operando em Goiás.
“Nós identificamos desde aqueles que entravam em contato com as vítimas se passando por familiares, até aqueles que arrecadavam e emprestavam as contas bancárias, e outros que vendiam dados pessoais”, afirmou o delegado. Com objetivo de ressarcir as vítimas, a polícia pediu o bloqueio de R$ 7 milhões em bens e valores do grupo.
Colaboração Nacional
Embora a investigação de estelionato geralmente seja conduzida na região da vítima, a Polícia Civil de Goiás se comprometeu a compartilhar provas com outros estados que necessitem dar andamento a casos similares. “Vamos compartilhar as provas com todas as polícias civis do Brasil que necessitarem”, garantiu o delegado. “Eles (os suspeitos) podem responder por outros crimes em outros estados também”.
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