Um palco foi montado na Praça Palestina, na Cidade de Gaza, para a libertação de quatro mulheres soldados israelenses pelo Hamas, que escolheu a data para enviar uma mensagem política ao mundo. A praça estava fortemente vigiada, com centenas de homens mascarados e armados, evidenciando o controle do grupo sobre a região, apesar dos intensos ataques sofridos ao longo dos 15 meses de conflito.
As mulheres, com idades entre 19 e 20 anos, foram entregues ao Hamas vestindo uniformes militares improvisados – jaquetas e calças cáqui com os cabelos presos em rabos de cavalo arrumados. No palco onde ocorreram as entregas, uma grande faixa exibia o slogan “O sionismo não vencerá”, acompanhado de símbolos militares e do Shin Bet, a agência de segurança israelense.
O contraste com os reféns libertados na semana anterior foi claro: enquanto as mulheres soldados estavam uniformizadas, os outros reféns, que não eram militares, usavam roupas civis. Os vídeos do sequestro das quatro mulheres em 7 de outubro de 2023, amplamente compartilhados, mostram o momento em que elas foram capturadas em condições dramáticas, incluindo cenas de violência e humilhação.
Durante os 15 meses de confronto, o número de mortos de ambos os lados aumentou drasticamente, com 841 soldados israelenses e mais de 47.000 palestinos mortos, segundo fontes oficiais.