Imagine viver em um lugar onde cada centímetro conta. Em Santa Cruz del Islote, uma minúscula ilha da Colômbia, essa é a realidade diária dos cerca de 1.200 habitantes que compartilham apenas 0,012 km² — o que equivale a uma densidade populacional de impressionantes 100 mil pessoas por km². A ilha faz parte do arquipélago de San Bernardo, que reúne nove outras ilhotas, entre elas Múcura, Maravilla, Ceycén e Boquerón.
Com cerca de 200 casas espremidas em um espaço do tamanho de um campo de futebol, a ilha não tem espaço para hospital nem cemitério. Os moradores precisam viajar até uma ilha vizinha para receber atendimento médico e levam seus falecidos ao continente para o sepultamento. A eletricidade funciona apenas algumas horas por dia, e eles dependem do abastecimento externo para obter água potável.
Ao passo que Santa Cruz del Islote sobrevive aos desafios, ela encanta. A pesca sustenta boa parte da população, enquanto o turismo tem crescido, atraindo visitantes curiosos para ver como tantas pessoas convivem em um espaço tão reduzido. A ilha foi construída artificialmente sobre um recife de corais há 150 anos. São, no total, quatro ruas principais e 10 bairros.
A população mais jovem supera a de adultos: mais da metade de seus habitantes tem menos de 18 anos. A média é de quatro filhos por casal. Mães jovens desfilam com bebês nos braços e mulheres de pouco mais de 40 anos já são bisavós. Apesar disso, a ilha é um destino turístico conhecido, recebendo milhares de visitantes todos os anos.
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