Polícia desarticula falsa central de banco

Polícia desarticula falsa centralFoto: divulgação

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A Polícia Civil de Goiás, por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos (Dercc), deflagrou, nesta terça-feira (15/4), em São Paulo-SP, Embu das Artes-SP, Itanhanhém-SP e Brasília-DF, a Operação Nexo Oculto.

Isso com o intuito de desarticular uma organização criminosa altamente estruturada, responsável por aplicar fraudes eletrônicas e lavar grandes quantias de dinheiro.

Foram 59 ordens judiciais entre prisões e buscas e apreensões, com 11 pessoas foram presas e 32 mandados de busca e apreensão cumpridos.

As investigações começaram logo após uma empresária ter R$ 449.998 subtraídos de sua conta bancária por meio de seis transferências fraudulentas via TED.

O autor da fraude utilizou uma sofisticada técnica para falsificar o número de contato que aparecia para a vítima, fazendo com que o identificador de chamadas exibisse o nome de um banco, popularmente conhecida como golpe de ‘falsa central bancária”.

Isso, aliado à técnica de engenharia social e ao uso de um programa de acesso, permitiu que o criminoso acessasse o computador da vítima e executasse as transferências bancárias.

Telefone similar

O golpe aplicado por um número de telefone similar ao da instituição financeira para simular contato oficial da instituição bancária. Em seguida, os valores desviados foram rapidamente redistribuídos para contas de pessoas físicas e jurídicas.

As investigações revelaram movimentações bancárias superiores a R$ 3,3 milhões em apenas três meses, muitas vezes com valores de crédito e débito equivalentes, o que é característico de contas de passagem.

Identificaram também o fracionamento deliberado de valores e a pulverização rápida de quantias entre contas vinculadas a familiares. Assim como empresas recém-criadas e contas sem histórico de movimentação anterior.

Bem como compras de escrituras públicas em valores superiores a 100% da avaliação fiscal. E compras com dinheiro em espécie superior a R$ 30 mil — todos indícios clássicos de lavagem de capitais.

A organização criminosa possuía ramificações em ao menos quatro cidades, espalhadas por três estados da federação: Goiás, São Paulo, Distrito Federal.

Assim, os investigados utilizavam empresas de fachada, testavam contas bancárias com valores simbólicos antes de aplicar o golpe. E movimentavam altas quantias para dificultar o rastreamento.

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