Indústria goiana inicia 2025 com desempenho modesto, apesar de avanços pontuais, de acordo com a Associação Pró-Desenvolvimento Industrial do Estado de Goiás (Adial).
Dados do IBGE divulgados pela Adial mostram que, embora a produção industrial tenha registrado uma ligeira alta de 0,2% em fevereiro na comparação com janeiro, o ajuste sazonal transformou esse avanço em uma queda de 0,4%.
Com isso, o dado de fevereiro, ajustado, passa a ser considerado o primeiro crescimento do ano — ainda que modesto, de apenas 0,2%.
No comparativo com o restante do país, Goiás ficou atrás. Enquanto o Brasil teve crescimento de 1,5% na produção industrial em fevereiro, Goiás apresentou retração de 0,1%. No acumulado de 12 meses, o estado cresceu 1,0%, ante 2,6% da média nacional.
Setores em destaque
O desempenho setorial em fevereiro foi marcado por contrastes. O segmento automotivo liderou com impressionantes 34,6% de crescimento, seguido pelos setores farmacêutico (27,8%) e de máquinas e equipamentos (32,3%). O setor de vestuário também apresentou crescimento sólido, com 25,6%.
Por outro lado, segmentos importantes registraram fortes quedas. A fabricação de biocombustíveis teve recuo de 24,5%, e o setor alimentício caiu 3,6%. Esses números explicam as perdas generalizadas nos setores de carnes e milho, apontadas como principais vilãs do desempenho fraco do mês.
Ranking nacional
No ranking nacional de crescimento da produção industrial em fevereiro, Pernambuco liderou com alta de 6,5%, seguido por Paraná (2,0%) e Pará (1,6%). Goiás ficou em sétimo lugar, com 0,2%, à frente de estados como Minas Gerais (-0,2%), São Paulo (-0,8%) e Bahia (-2,6%).
O levantamento da Adial mostra que o desempenho da indústria goiana é puxado, principalmente, pela transformação industrial, que cresceu 1,0% no acumulado de 12 meses. No entanto, a indústria extrativa ainda enfrenta dificuldades, com queda de 7,7% no mesmo período.
Entre os segmentos que mais cresceram no acumulado de 12 meses estão:
- Automóveis: +60,3%
- Vestuários: +19,1%
- Máquinas e equipamentos: +17,5%
- Produtos de metal: +16,2%
Em contrapartida, setores como metalurgia (-9,6%) e bebidas (-4,0%) puxaram o desempenho geral para baixo.
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