Segunda edição do CNU terá 3.352 vagas em 35 órgãos federais

Edital deve sair em julho; provas objetivas serão aplicadas em outubro

Segunda edição do CPNUFoto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

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A segunda edição do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) terá 3.352 vagas distribuídas em 35 órgãos da administração pública federal. A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), Esther Dweck, fez o anúncio nesta segunda-feira (28/04).

Do total de vagas, 2.180 são para convocação imediata, sendo 1.672 de nível superior e 508 de nível intermediário.

As demais vagas (1.172) serão para formação de cadastro reserva de aprovados. Todas essas vagas são de nível superior.

Segundo a ministra, a previsão é que os candidatos da lista de espera sejam convocados em curto prazo logo após a homologação dos resultados do CNU 2.

“A gente fez por cadastro reserva não porque não irá contratar. E, sim, porque gente fez em um quantitativo que a gente pode precisar um pouco menos ou um pouco mais, dependendo do processo de dimensionamento da força trabalho que estamos fazendo [em cada órgão federal]”.

Novo formato

As provas objetiva e discursiva do CPNU 2 serão realizadas em duas fases e em duas datas.

O MGI prevê que a prova objetiva aconteça em 5 de outubro deste ano em 228 cidades de todas as unidades da federação, como ocorreu em agosto de 2024. Somente os habilitados nesta primeira fase, farão a prova discursiva em 7 de dezembro.

A ministra comentou o formato inédito. “As provas serão em duas fases, com duas datas diferentes, porque uma habilitará para outra fase. Essa é a grande mudança.”

“Isso acontece em outros concursos. A gente não tinha feito assim no CPNU 1, tentando fazer tudo na mesma data. Na nossa visão, isso foi um dos pontos que, desde a nossa análise do concurso, era algo que poderia ser aperfeiçoado”, explicou a ministra.

Blocos temáticos

Na nova edição do chamado Enem dos Concursos, as vagas estarão divididas em nove blocos temáticos. Na primeira edição, foram oito.

O MGI adotará a mesma sistemática de inscrição para diferentes cargos dentro do mesmo bloco, com possibilidade do candidato definir uma lista com a ordem de preferência pelos cargos.

Banca examinadora

O MGI ainda não definiu a banca examinadora, mas firmará o contrato com a empresa escolhida por chamamento público, com dispensa de licitação, seguindo o mesmo modelo adotado na primeira edição do concurso unificado. Neste formato, as empresas apresentam suas ofertas ao poder público.

A ministra informou que, nesta segunda-feira, enviará o termo de referência (TR) do concurso às bancas examinadoras de todo o país que atendem aos requisitos mínimos exigidos pelo governo federal para a realização de concursos públicos.

“Não é uma dispensa de licitação sem concorrência. É uma maneira que a administração pública utiliza, diante de ter poucas bancas que são capazes de fazer um concurso dessa dimensão.”

Além disso, a ministra estima publicar o edital do CNU 2 no início de julho, a partir da contratação da próxima banca examinadora.

De acordo com o cronograma apresentado na sede da pasta, em Brasília, os candidatos devem começar as inscrições em julho. A divulgação dos resultados finais ocorrerá em fevereiro de 2026.

Primeiro CNU

A primeira edição do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU), em 2024, é apontada como o maior certame já realizado no Brasil.

O número de inscritos somou 2.144.397 para disputar 6.640 vagas de cargos públicos de níveis superior, médio e técnico para diversas especialidades, distribuídas em 21 órgãos da administração pública federal. As remunerações dos futuros servidores federais variam de R$ 3.741,84 a R$ 22.921,71.

O MGI realizou a primeira edição do certame em 18 de agosto do ano passado, simultaneamente, em 228 cidades de todas as unidades das federações, mediante o pagamento de uma única taxa de inscrição. Conforme o ministério, cerca de 1 milhão de candidatos realizaram as provas objetivas e discursivas. O objetivo do governo federal foi democratizar o acesso da população às vagas do serviço público.

Na última sexta-feira (25/04) o governo publicou a portaria que autoriza a primeira convocação de 4,3 mil aprovados no concurso unificado. As nomeações estão previstas para maio em 16 órgãos federais.

Agência Brasil

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