EUA e China fecham acordo para redução de tarifas e aliviam tensão comercial global

Novas medidas, que entram em vigor por 90 dias, reduzirão significativamente as taxas de importação entre as duas maiores economias do mundo

Estados Unidos e China

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Estados Unidos e China anunciaram nesta segunda-feira (12/05) um acordo temporário para reduzir tarifas recíprocas, encerrando uma escalada comercial que gerava temor de recessão global. As novas medidas, que entram em vigor por 90 dias, reduzirão significativamente as taxas de importação entre as duas maiores economias do mundo.

Pelo acordo, os Estados Unidos vão cortar de 145% para 30% as tarifas extras aplicadas a produtos chineses desde abril. Em contrapartida, a China reduzirá de 125% para 10% os encargos sobre importações de bens norte-americanos. A medida representa um alívio para o comércio bilateral, estimado em quase US$ 600 bilhões. Isso paralisa uma guerra tarifária iniciada no primeiro mandato de Donald Trump.

As negociações ocorreram no fim de semana em Genebra, marcando o primeiro encontro presencial entre autoridades econômicas dos dois países desde a posse do novo governo norte-americano. Além disso, o entendimento buscou evitar uma ruptura comercial mais ampla e preservar o fluxo de bens entre as duas potências.

O acordo não inclui tarifas específicas por setor, mas os Estados Unidos informaram que continuarão investindo em reequilíbrios estratégicos em áreas consideradas sensíveis, como medicamentos, semicondutores e aço.

Especialistas avaliam que a redução das tarifas tende a aliviar pressões sobre as cadeias globais de suprimentos e a reduzir incertezas no mercado financeiro internacional. Economistas destacam ainda o impacto positivo para as economias dos dois países e o sinal de estabilidade diante de um cenário global ainda volátil.

Apesar do avanço, a política tarifária dos EUA segue vinculada a questões internas, como o controle de substâncias como o fentanil, e poderá ser retomada caso os interesses estratégicos do país sejam ameaçados.

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