Índice de Gini revela desigualdade de renda no Brasil e em Goiás

Índice de GiniFoto: reprodução/Freepik

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O boletim Economia em Números, publicado pela ADIAL, apresenta uma análise sobre o Índice de Gini, importante indicador utilizado mundialmente para medir a desigualdade social.

O foco desta edição está na comparação da concentração de renda entre os estados brasileiros, com destaque para Goiás.

O que é o Índice de Gini?

O Índice de Gini mede a concentração de renda em uma população. Ele varia entre 0 e 1. Quanto mais próximo de zero, menor é a desigualdade. Por outro lado, quanto mais próximo de 1, maior é a concentração de renda e, consequentemente, a desigualdade.

O país com menor desigualdade de renda do mundo, conforme esse indicador, é a Eslováquia, com um valor de 0,232. Já o mais desigual é a África do Sul, com índice de 0,630.

Como Goiás e Brasil evoluíram?

De acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD/IBGE), entre 2012 e 2024, Goiás apresentou uma leve melhora na distribuição de renda.

Índice de Gini – Rendimento médio mensal (pessoas com 14 anos ou mais)

AnoBrasilGoiás
20120,5040,457
20240,4820,444

O índice em Goiás caiu de 0,457 em 2012 para 0,444 em 2024. Embora o resultado mostre redução na desigualdade, o número ainda está distante do patamar de 2020 (0,418), o menor registrado na série.

Rendimento mensal: quem ganha mais?

O boletim também traz dados sobre os rendimentos médios reais da população residente, considerando diferentes tipos de renda. Os valores foram atualizados para 2024, com base em preços médios do último ano.

Portanto, observa-se que o rendimento do trabalho efetivo foi o que mais cresceu no período. Esse crescimento contribuiu para a melhora no índice de Gini, mesmo que tímida.

Bolsa Família: distribuição dos benefícios

Conforme os dados de 2023, o percentual de domicílios com pelo menos um beneficiário do Bolsa Família varia bastante entre os estados.

Domicílios com beneficiários do Bolsa Família – 2023

Unidade da Federação% com benefício
Maranhão39,6%
Piauí38,5%
Alagoas35,9%
Goiás12,9%
São Paulo9,4%
Santa Catarina6,9%

Goiás apresenta um percentual de 12,9%, acima da média nacional. No entanto, o dado indica redução em relação a anos anteriores.

Benefícios extras: destaque para o BPC-LOAS

Além do Bolsa Família, o IBGE identificou que 4,8% dos domicílios goianos receberam o Benefício de Prestação Continuada (BPC-LOAS) em 2024. Entre 2023 e 2024, houve queda nesse percentual para 4,2%.

Esse é o menor valor já registrado na série histórica, iniciada em 2012. Portanto, esse resultado indica uma possível redução da dependência de benefícios assistenciais no estado.

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