Polenta frita: ela é pouco ofertada nos bares goianienses, mas em Nova Veneza, ela faz parte do cardápio das casas dos moradores. O petisco italiano é uma das variações de um dos pratos mais comuns da culinária do país europeu e, para quem está de olho nas questões nutricionais, a boa notícia é que ela considerada mais saudável em comparação com seus “primos”, a batata frita e a mandioca frita. Para se ter uma ideia, a cada 100g do petisco feito com fubá há apenas 150 calorias, enquanto a batata tem 274 calorias e a mandioca, 261.
Mais um motivo que torna a polenta frita um dos principais pratos do Festival Italiano de Nova Veneza, que neste ano chega a sua 19ª edição nesta semana, de quinta-feira (5) a domingo (8). “Ela é muito nutritiva, versátil e saborosa”, assim define Vânia Alves, a chef de cozinha da Cantina da Nonna, restaurante oficial do festival.
O petisco está entre os quatro pratos mais consumidos no evento. “Ele está entre os quatro pratos mais pedidos na Cantina da Nonna. É uma loucura, sempre aumentamos a quantidade ofertada da polenta, mas sempre acaba antes. As pessoas gostam muito”, diz Maria do Carmo Basílio, coordenadora do Festival Italiano de Nova Veneza. Neste ano, 31 diferentes pratos estarão no cardápio da festa.
“No ano passado, o fubá acabou por volta das 16 horas do último dia da festa, que só terminou oficialmente às 21h. Muita gente ficou sem. Por isso, neste ano, vamos aumentar a quantidade de fubá, além de mais pessoas ajudando nas panelas”, conta. Maria do Carmo também informa que, para esta edição, a Cantina da Nonna irá contar com ajuda da tecnologia. A organização investiu na compra de panelas elétricas para o cozimento e em formas para resfriamento.
Exército de polenteiras
Um dos segredos da polenta frita, segundo a chef Vânia Alves, é a preparação do petisco. Ela diz que tudo é feito na hora, como pede a cultura italiana. “Para fazer uma polenta frita leva muito tempo e precisa de muitas mãos. E tem um segredo em cada passo: saber comprar o fubá certo, o tempo do cozimento, o tempo de esfriar e até fritar”, conforme explica.
De acordo com a chef de cozinha, o preparo é artesanal, feito a muitas mãos. O cozimento é feito sempre um dia antes do prato ser servido, pois a polenta necessita esfriar antes de ser frita. “Temos entre 8 e 9 pessoas que chegam na quarta-feira, um dia antes do início do festival, para fazer a polenta do primeiro dia do evento. O mexe-mexe da massa é o que deixa ela saborosa e leva tempo, muito tempo. Depois, deixamos esfriar para, no outro dia, fritar. E, assim, fazemos todos os dias do festival, sempre pensando no dia seguinte”.
Já no grupo da fritura, são 28 mulheres só com essa missão, para que o prato seja servido sempre quentinho, que trabalham de 10 da manhã sem hora para parar.
“Temos que criar em Goiás o hábito de comer polenta frita. Quando trabalhei em um restaurante há alguns anos, decidi colocar o petisco aos sábados e foi um sucesso. Ela é muito rica, versátil e saborosa”, assim finaliza Vânia Alves. A cozinha está sendo preparada para abrigar quase 30 panelas que irão fritar as polentas.
É nesta semana
O 19º Festival Italiano de Nova Veneza será nesta semana, entre quinta-feira (5/6), e domingo (8/5), com o tema “Tradizione è la Nostra Storia” (Tradição é a Nossa História, em Português).
Muita gastronomia, danças típicas e música típica são atrações do evento que compõe o calendário cultural do Estado de Goiás. No ano passado, a cidade mais italiana de Goiás recebeu 130 mil pessoas nos quatro dias de festa, um recorde. A cidade fica a cerca de 29 quilômetros de Goiânia e acessada pelas rodovias GO-462 ou GO-222.
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