Uma comitiva do governo de Goiás precisou se abrigar em um bunker após os bombardeios lançados por Israel contra o Irã na madrugada desta sexta-feira (13/06), em meio à escalada do conflito no Oriente Médio. A comitiva goiana integra uma missão oficial do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento do Brasil Central (BrC), que está em Israel desde o dia 7 de junho.

Entre os representantes estão o secretário de Estado da Saúde de Goiás, Rasível dos Reis Santos, e o secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Pedro Leonardo Rezende. Também participa da delegação a vice-prefeita de Goiânia, Cláudia Lira, que relatou ter sido acordada pelo som de sirenes de alerta e conduzida a um abrigo subterrâneo.

“Aqui tem ventilação, apesar de estar aqui embaixo. Então, é muito simples. Tem alguns colchões. Tem cadeiras, sofás, algumas mesas, água, o sinal de internet funciona aqui”, conforme contou Cláudia, em vídeo enviado à imprensa.

O grupo brasileiro conta com gestores e secretários dos estados de Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Tocantins. A missão tem como objetivo conhecer experiências israelenses em áreas como saúde, tecnologia, agricultura e desenvolvimento social.

Na área da saúde, Rasível Santos e os demais integrantes da comitiva visitaram o Rambam Health Care Campus. O local é o maior centro médico tecnológico do norte de Israel, localizado em Haifa. A delegação também foi recebida pelo presidente israelense, Isaac Herzog.

De acordo com nota da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás, a pasta mantém contato com o secretário Rasível Santos e que todos os membros da missão estão em segurança. A delegação tem retorno ao Brasil previsto para este sábado (14/06).

Ataque

Os ataques israelenses aconteceram em meio ao aumento das tensões com o Irã e resultaram na morte de figuras centrais do alto comando militar iraniano. Entre eles, o comandante da Guarda Revolucionária, Hossein Salami, e o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, Mohammad Bagheri. Dois cientistas nucleares também morreram na ofensiva.

Em seguida, horas após o bombardeio, o Irã lançou mais de 100 drones contra o território de Israel. O governo israelense decretou estado de emergência, fechou o espaço aéreo e orientou a população a permanecer em áreas protegidas.

Leia também: Israel mata principais líderes militares do Irã em ataque aéreo a usinas nucleares