O Aterro Sanitário de Goiânia pode ser viabilizado pelos próximos 30 anos. É o que mostra um estudo técnico do Instituto de Planejamento e Gestão de Cidades (IPGC), referência nacional em estudos e projetos relacionados à infraestrutura, planejamento e gestão urbana.
O estudo assegura viabilidade técnica do aterro e aponta que a manutenção das operações, acompanhada de melhorias, vista como preferível para o local, que recebe cerca de 4,6 toneladas diárias de resíduos sólidos.
O relatório do Instituto de Planejamento e Gestão de Cidades (IPGC), assinado pelos engenheiros Simão Pedro de Aguiar e Marina Alves Oliveira conclui que, com intervenções pontuais e ações corretivas, a infraestrutura existente pode ser aprimorada.
Além disso, ações como a implantação de unidades de triagem e tratamento de resíduos e produção de combustível derivado de resíduos indicadas como necessárias para promover a redução do volume de resíduos destinados ao aterro.
Análise
A análise técnica estima que, sem levar em conta o afundamento natural e a instalação de sistemas de tratamento, a vida útil do aterro seria de aproximadamente sete anos. A entrada em operação das usinas de compostagem e triagem pode elevar a vida útil para cerca de 14 anos.
Caso todas as medidas recomendadas implementadas, incluindo a realocação das lagoas de chorume, expansão territorial e desmobilização do antigo aterro de inertes, a vida útil do empreendimento pode alcançar de 20 a 30 anos, conforme as diretrizes da Política Nacional de Resíduos Sólidos.
O relatório aponta que a regularização,requalificação e reestruturação do aterro devem ser tratadas como prioridade para assegurar a destinação final ambientalmente adequada dos resíduos sólidos urbanos de Goiânia.
Diante desse diagnóstico, a atual gestão adotou uma série de medidas para resolver o problema histórico. Dentre elas: novos maquinários adicionados à frota (4 tratores de esteira, 1 escavadeira hidráulica, 2 pás carregadeiras. Bem como 1 retroescavadeira e 4 caminhões basculantes); obras de adequação iniciadas (limpeza e correção dos taludes). Ainda assim empresa para monitoramento ambiental e geotécnico em fase de contratação.
Também adotadas ações contínuas de cobertura diária dos resíduos, drenagem de chorume e gás, e controle dos resíduos. Licitação em fase de elaboração para implantação de unidade de tratamento de chorume. Que atualmente encaminhado para tratamento complementar na ETE da Saneago. Assim contratado serviço para beneficiamento dos resíduos da construção civil, com objetivo de promover a destinação adequada.
Leia também: AGU diz que vai demonstrar ao STF que decreto do IOF é legal