Alckmin admite perdas significativas para Goiás com a Reforma Tributária

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O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços do governo Lula, admitiu em entrevista ao grupo Bandeirantes, veiculada pelo jornal Valor Econômico nesta segunda-feira (3), que o estado de Goiás enfrentará perdas significativas de receita caso o texto da Reforma Tributária seja aprovado no Congresso Nacional tal como está sendo discutido.

Alckmin defendeu enfaticamente a criação do Conselho Federativo, que é um dos pontos de discordância entre a União e os governadores. Além disso, o vice reconheceu a importância da discussão sobre a origem e o destino da tributação e admitiu que estados como São Paulo e Goiás perderiam “um pouco”, enquanto o Nordeste “ganha um pouco”. No entanto, ele argumentou que isso ajudaria a eliminar a guerra fiscal, embora tal questão seja um dos pontos de discordância entre governadores, prefeitos e líderes de classe.

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), um dos principais críticos do atual texto da reforma, questionou o impacto negativo que essa proposta teria sobre o estado e afirmou que ela limitaria a autonomia dos entes federados. Segundo Caiado, “são os prefeitos e governadores que conhecem a realidade do cidadão. Do jeito que está, a reforma restringe os gestores, prejudica o setor produtivo e impede o desenvolvimento econômico”.

Conforme destacado pelo próprio vice-presidente, a arrecadação de Goiás será reduzida em um momento em que o estado está experimentando um rápido crescimento econômico. Caiado enfatizou: “Nós crescemos 6,6% no último ano, enquanto o país cresceu 2,9%. A reforma ignora isso e quer reduzir nossos recursos. Essa ideia de centralização de recursos é um atraso”. Concluindo assim sua opinião sobre o assunto.

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