Anvisa aumenta controle do zolpidem; veja o que muda

Qualquer remédio com substância terá de ser prescrito com receita azul

frasco de comprimidosFoto: Racool_studio/Freepik

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou maior controle na prescrição do medicamento zolpidem, usado no tratamento de insônia.

A partir de 1º de agosto, torna-se obrigatória a prescrição de qualquer remédio à base de zolpidem por meio da Notificação de Receita B (cor azul), pois o medicamento consta na lista de substâncias psicotrópicas controladas no Brasil.

Esse tipo de receita exige que o profissional tenha cadastro prévio na vigilância sanitária.

A Anvisa decidiu alterar a forma de prescrição após receber aumento de relatos de uso abusivo do medicamento.

“Foi possível ainda identificar que não há dados científicos que demonstrem que concentrações de até 10 mg do medicamento mereçam um critério regulatório diferenciado”, conforme explicou a agência.

O que muda

De acordo com a Anvisa, o zolpidem estava enquadrado na lista de psicotrópicos, que é mais restrita.

No entanto, havia uma adendo que permitia a prescrição de medicamentos com até 10 mg de zolpidem pela receita branca em duas vias.

Já que era a mesma regra para os medicamentos da Lista de Substâncias Sujeitas a Controle Especial (C1) e que não exige cadastro do profissional na autoridade sanitária local.

Com as mudanças, o adendo será excluído e a receita azul passa a ser obrigatória para todos os medicamentos com zolpidem, independentemente da quantidade presente.

A Anvisa informa que a definição do prazo, para o início da nova norma, levou em conta tempo necessário para que os profissionais façam o cadastro na vigilância sanitária e os pacientes não tenham descontinuidade do tratamento.

Zolpidem

O remédio é usado para tratar a insônia de curta duração, quando há dificuldade em adormecer ou manter o sono.

Mas a utilização não deve ultrapassar de quatro semanas.

A prorrogação só ocorre após avaliação médica, em razão do risco de abuso e dependência pelo paciente.

Fonte: Agência Brasil

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