Após morte de Joca, tutores se manifestam no aeroporto de Brasília

Eles cobram a regulamentação do transporte aéreo de pets

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

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Após morte de Joca, tutores se manifestam no aeroporto de Brasília. Eles cobram a regulamentação do transporte aéreo de pets.

A iniciativa foi motivada pela morte do cão Joca, um golden de quatro anos que morreu durante um voo operado pela Gol, no último dia 22.

Promovido pelo Clube Golden de Brasília, o protesto reuniu tutores no aeroporto de Brasília em defesa do tratamento digno durante o translado dos animais.

Para a representante do clube Fernanda Machado, a iniciativa foi motivada pelo descaso das companhias aéreas no transporte de animais domésticos de grande porte.

De acordo com ela, são comuns casos de descuidos, como fuga dos cães durante o embarque e mortes durante o translado.

Tutora da Nala, uma fêmea de suporte emocional, Fernanda defendeu a regulamentação do transporte.

“Eles tratam nossos cães como bagagem, objeto, e eles não são. Não é barato para colocar um cão em um transporte desse”, defendeu.

Raniela Resende levou seu golden chamado Oliver para a manifestação e disse que prefere viajar de carro porque não confia no serviço de transporte de pets oferecido pelas aéreas.

Conforme ela reforça, o transporte dos animais deveria ser feito em um espaço reservado dentro da cabine da aeronave.

“Eles são vida como qualquer outra. O ideal seria levar na cabine, eles são calmos. Os pequenos podem ir na caixinha”, sugeriu.

Atualmente, cães de grande porte são colocados em uma caixa de transporte e levados em um compartimento localizado no porão da aeronave.
De acordo com as companhias, o local é pressurizado e não oferece risco aos animais, que não viajam junto com malas e cargas.

Somente animais com até 10 quilos (kg) podem ser levados junto aos passageiros.

Outros protestos

Tutores de pets e organizações não governamentais de defesa de animais protestaram em outras capitais do país.

Em São Paulo, por exemplo, duas manifestações simultâneas ocorreram no Aeroporto de Guarulhos – onde a morte de Joca foi registrada – e também no Aeroporto de Congonhas.

Joca

Na segunda-feira (22/4), o golden retriever Joca foi despachado pelo tutor em São Paulo com destino a Sinop (MT).

No entanto, a caixa de transporte foi colocada em um voo para Fortaleza. Em seguida, o cão foi mandado de volta para São Paulo.

Mas no trajeto de volta, Joca não suportou o total de oito horas de viagem e morreu.

Após o episódio, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e a Polícia Civil de São Paulo passaram a investigar o caso.

Em nota divulgada após o episódio, a GOL se solidarizou e lamentou a perda do animal. A empresa também anunciou a suspensão, por 30 dias, do transporte aéreo de animais.

Fonte: Agência Brasil

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