Asma não tem cura, mas pode ser bem controlada. De acordo com a pesquisa Nacional de Saúde (Ministério da Saúde/IBGE), 6,4 milhões de brasileiros acima de 18 anos têm asma, que é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas.
“Tosse, falta de ar, chiado no peito e dor para respirar, que é aquela dor que o paciente puxa o ar e tem a sensação de que tem um peso em cima dele, que não o deixa respirar bem”, explica a alergista e imunologista Bárbara Britto, que atende no centro clínico do Órion Complex.
Para chamar atenção para a enfermidade, o Dia Mundial da Asma comemorado na primeira terça-feira de maio (6/5).
Em Goiânia, em razão da data, a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia – Regional Goiás em conjunto com a Sociedade Goiana de Pneumologia e Tisiologia realizam um dia de esclarecimentos para a população, com participação de ligas acadêmicas.
Bárbara Brito explica como é possível identificar a asma. “Nas crianças menores de 2 anos, quando apresentam o primeiro episódio de sibilância na vida, chamamos esse quadro de bronquiolite. Depois disso, se criança continua apresentando episódios de chiar o peito, principalmente quando fica gripada, da-se o nome de sibilante recorrente, comumente chamado de bebê chiador. Até os 4 anos, utilizamos alguns escores para pontuação de fator de risco para se tornar um asmático. Damos o diagnóstico de asma a partir de 4 aninhos, quando é possível fazer exames como a espirometria”.
Sem cura
Vale lembrar que por ser uma enfermidade crônica a asma não tem cura. “Mas tem como entrar em remissão. Pacientes que tratam a sua doença de forma adequada, em algum momento da vida, podem ficar tão bem controlados que se consiga retirar a medicação contínua”.
“Existem alguns estudos que mostram que nós temos fenótipos e genótipos diferentes de asma. Então, alguns pacientes podem ter asma na infância e depois passar. Pois quando começa um pouco mais velho, depois dos 5, 6 anos, pode ter um período com quadro de asma e melhorar na adolescência. E tem pacientes que vão abrir quadro de asma somente por volta dos 30, 40 anos. O tratamento feito através dos dispositivos inalatórios, as famosas bombinhas de uso contínuo”, conforme detalha a especialista.
A alergista pontua que a asma pode tanto ser confundida com outras enfermidades como também conviver com elas. “A asma deve sempre ser diagnosticada num contexto de tosse crônica e precisa ter alguns outros diagnósticos diferenciais com outras doenças pulmonares como o enfisema pulmonar e doenças fúngicas do pulmão”.
“Muitos pacientes que possuem, por exemplo, refluxo, podem ter um quadro de tosse crônica e precisam ter diagnóstico diferencial. Contudo, a asma pode estar em conjunto com outras doenças que a fazem ficar pior, como o refluxo, a obesidade e doença obstrutiva do sono”.
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