Ataque em manifestação pró-Israel fere oito nos EUA; polícia trata caso como terrorismo

Antes de cometer o crime, o suspeito gritou “Palestina livre”

Oito pessoas ficaram feridas

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Oito pessoas ficaram feridas neste domingo (1º/06), após um homem de 45 anos lançar dispositivos incendiários contra uma multidão em Boulder, no Colorado (EUA), durante uma manifestação em apoio aos reféns israelenses mantidos pelo Hamas em Gaza. De acordo com a polícia local, antes de lançar os artefatos, o agressor gritou “Palestina livre” e, em seguida, atacou os manifestantes reunidos no Pearl Street Mall, uma movimentada área comercial próxima à Universidade do Colorado.

Conforme as autoridades, as vítimas — quatro mulheres e quatro homens, com idades entre 52 e 88 anos — foram para hospitais da região. Inicialmente, havia a estimativa de seis feridos, mas o número foi atualizado. Pelo menos uma das vítimas estaria em estado crítico.

A polícia informou que o ataque foi um ato de violência direcionado. O FBI assumiu a investigação e apura o caso como possível ato de terrorismo doméstico. A polícia identificou o suspeito como Mohamed Soliman, o prendeu e o levou ao hospital logo após o ataque. As autoridades disseram estar confiantes de que não há outros envolvidos.

Atentado terrorista

O diretor do FBI em Denver classificou a ação como um atentado terrorista, e o procurador-geral do Colorado afirmou que, pelas evidências iniciais, o crime possui características de motivação por ódio, considerando o perfil do grupo atacado.

A manifestação fazia parte de um evento organizado pela ONG Run for Their Lives, que realiza caminhadas semanais desde os ataques do Hamas a Israel em 2023. Em nota, a organização ressaltou que todas as edições anteriores ocorreram de forma pacífica e sem incidentes.

O ataque gerou reações imediatas. Em comunicado oficial, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que as vítimas foram alvo “simplesmente porque eram judeus”. Ele acrescentou que confia na responsabilização do autor por parte das autoridades norte-americanas. Segundo ele, “ataques antissemitas ao redor do mundo são consequência direta da propagação de calúnias contra o povo e o Estado de Israel”.

O episódio ocorre em um contexto de crescente tensão nos Estados Unidos, impulsionado pela guerra entre Israel e o Hamas. O cenário tem registrado aumento nos crimes de ódio contra judeus e intensificado o debate político em torno dos protestos pró-Palestina em universidades e espaços públicos.

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