O Brasil não reconheceu a vitória de Nicolás Maduro. O presidente venezuelano foi eleito para mais um mandato de seis anos nesse domingo (28/07). Líderes mundiais contestam o resultado da eleição do sucessor de Hugo Chavéz que está no poder desde 2013.
Maduro comemorou sua reeleição e exigiu respeito. “Temos que respeitar essa Constituição, temos que respeitar o árbitro; e que ninguém tente desrespeitar essa bela jornada”, afirmou. Ele ainda disse que é “um homem de paz. Sou um homem de diálogo. Nunca jamais pensei, jamais, em estar em cargo público de relevância. Sempre o que me levou foi o espírito de lutar por Venezuela”, finalizou.
Segundo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), até a madrugada desta segunda-feira (29/07), com 80% das cédulas apuradas, Maduro foi reeleito com 51,2% dos votos, enquanto seu opositor, Edmundo González, recebeu 44%. Outros candidatos obtiveram 462.704, com 4,6% dos votos. O nível de participação eleitoral foi de 59%, segundo o órgão eleitoral –que é controlado pelo governo. O voto não é obrigatório e não há 2º turno.
Para a oposição, os números não são reais e González teria vencido Maduro com 70% dos votos. Diante desse cenário, autoridades internacionais pediram transparência na apuração. De acordo com a CNN, ima fonte próxima ao Palácio do Planalto afirmou que o governo aguarda a divulgação de dados desagregados da apuração – e não apenas os resultados gerais – antes de se pronunciar.
Os Estados Unidos, União Europeia, Reino Unido, Chile, Alemanha, Argentina, Uruguai, Espanha, Itália, Equador, Peru, Colômbia, Guatemala e Panamá estão na lista dos que contestaram o resultado. Na contramão, presidentes e autoridades da Rússia, China, Honduras, Cuba, Bolívia e Nicarágua, parabenizaram Maduro pela vitória.
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