O governador Ronaldo Caiado antecipou medidas para diminuir as consequências da atuação acusada de delitos da presidência da organização social (OS) que era responsável pela gestão do Hospital Estadual de Urgências de Goiânia Dr. Valdemiro da Cruz (Hugo), cujo ex-presidente foi preso pela Polícia Civil, nesta quarta-feira (4/9), em Morrinhos.
No início de maio, Caiado publicou decreto que desqualificava organização social após processo da administração estadual, bem como esteve pessoalmente no hospital para cobrar a regularização dos serviços na unidade.
Além disso, Caiado adotou um tom austero diante dos problemas que afetavam o atendimento aos pacientes.
Em abril, o hospital enfrentou paralisações mesmo com todos os repasses em dia. Na ocasião, o governador tratou diretamente com a diretoria da entidade e não aceitou a ingerência.
A reunião no Hugo teve a presença de representantes do Instituto e integrantes da equipe de governo, entre eles o secretário de Segurança Pública, Renato Brum, assim como o diretor-geral da Polícia Civil, André Ganga, e o procurador-geral do Estado, Rafael Arruda.
A ex-presidência da entidade é acusada de falsificar documentos que subsidiaram o processo de qualificação, em 2018, para atender o Estado.
No mês de junho, após investigação conduzida pela Delegacia Estadual de Combate à Corrupção, que apurou as irregularidades.
O acusado estava foragido desde junho, quando o mandado de prisão foi expedido. Mas as diligências para efetuar a prisão ocorreram em três estados.
Transição
Para assegurar que nenhum paciente ficasse sem assistência, o Governo de Goiás iniciou a transição na gestão do Hugo.
Uma comissão foi instituída para acompanhar diariamente os trabalhos na unidade, a fim de assegurar uma mudança sem impactos na assistência aos pacientes da unidade.
Assim como os ritos administrativos com prestadores de serviço, bem como cumprir a legislação trabalhista, conforme reza o contrato de gestão.
A unidade atende urgência e emergência, além de responder por um grande volume de cirurgias eletivas.
Novo Hugo
No dia 4 de junho, a Sociedade Beneficente Israelita Brasileira – Hospital Albert Einstein assumiu a administração do Hugo em contrato emergencial.
Recentemente, o governador anunciou a reformulação completa da unidade, com investimento de R$ 100 milhões em recursos do Tesouro Estadual.
Os trabalhos de reforma, adequação e melhoria do hospital serão realizados em etapas e devem ser concluídos em 12 meses, com na gestão da unidade de forma definitiva.
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