Uma pedra da vesícula de um boi, no valor de R$ 130 mil, foi furtada no município de Mineiros, no sudoeste de Goiás. Conhecidas como “pedras de fel”, a grama dos cálculos biliares chega a valer mais que a grama do ouro.

Com forte mercado na Ásia, as pedras são utilizadas pela medicina oriental na produção de medicamentos que auxiliam no tratamento de convulsões, pneumonias, epilepsia e outras doenças.

O furto da pedra em Mineiros aconteceu na última segunda-feira (12/08) em um frigorífico. O suspeito era da equipe de abate do estabelecimento.

Os chefes do homem flagraram o furto através das câmeras de segurança e encontraram a pedra escondida na cueca do suspeito, após revistarem o seu corpo. Ele foi preso em flagrante.

Segundo a Polícia Militar (PM), a pedra furtada pesava 250 gramas. Coreia do Sul, Japão e China são importadores das “pedras de fel”. Pequim é a maior compradora do mundo.

O valor dos cálculos biliares são exorbitantes devido sua raridade. As pedras costumam ser formadas em bois mais velhos e de pasto. Atualmente, o abate é feito em bovinos cada vez mais jovens, o que dificulta a formação das pedras.

Além da raridade, a retirada da pedra é feita sob segurança máxima. Via de regra, os funcionários responsáveis pelo corte dos bois não tem acesso ao conteúdo da vesícula biliar, como forma de evitar possíveis furtos.

Toda a ação costuma ser filmada e, após o corte, conteúdo da vesícula cai em uma tubulação até uma caixa fechada com cadeados, que passa por supervisão de segurança no fim do dia. No Brasil, empresas específicas são responsáveis por comprar e exportar o material.

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