Até às 18h, aproximadamente 35,4 milhões de eleitores argentinos terão participado do segundo turno das eleições presidenciais. Em meio a uma crise econômica intensa, com uma inflação de 142,7% nos últimos 12 meses, os concorrentes Sergio Massa, atual ministro da Economia, e o ultradireitista Javier Milei estão envolvidos em uma disputa acirrada.
A votação teve início às 8h, com a previsão de encerramento das seções às 18h (horário de Brasília e local). Aqueles que estiverem na fila após esse horário poderão votar, mas não serão admitidos novos eleitores. A expectativa é que os resultados parciais sejam conhecidos entre as 22h e as 22h30, sendo que os primeiros números serão divulgados por volta das 21h, após uma quantidade significativa de votos apurados.
No sistema eleitoral argentino, a contagem apresentada no dia da votação é provisória, baseada nos boletins das seções eleitorais divulgados pela Direção Nacional Eleitoral, do Ministério do Interior. O resultado oficial, derivado da contagem manual das cédulas, levará até duas semanas para ser divulgado.
A votação utiliza uma cédula única de papel, onde o eleitor registra suas preferências. Conforme a legislação vigente, as primárias argentinas ocorrem em agosto, o primeiro turno em outubro e o segundo turno em novembro, com as datas determinadas pela Junta Nacional Eleitoral, equivalente ao Tribunal Superior Eleitoral na Argentina.
No Brasil, cerca de 23 mil eleitores argentinos, que alteraram o domicílio eleitoral até 25 de abril, estão habilitados para votar. Para aqueles que residem em outros países, a votação é facultativa. Os argentinos em trânsito, que não residem no exterior ou não mudaram o domicílio eleitoral, têm 60 dias para justificar a ausência, podendo fazê-lo na embaixada ou consulados.
Nas representações diplomáticas, a ata de votação, assinada pelos mesários, é enviada virtualmente por meio de um sistema eleitoral. Todo o material eleitoral, incluindo cédulas e atas originais, é enviado por correio diplomático em dois dias úteis para a contagem definitiva dos votos. Agência Brasil/Foto: Reuters/Mariana Nedelcu
Edição: Carolina Pimentel