O Partido Liberal (PL) em Goiás, presidido pelo ex-senador Wilder Morais, sofreu mais um revés e enfrenta uma crise interna após articulação política considerada unilateral do vereador Major Vitor Hugo, o mais votado em Goiânia. A sigla publicou uma nota de repúdio nas redes sociais nesta terça-feira (17), destacando que a conduta de Vitor Hugo foi individual e sem o consentimento da legenda.
Segundo a nota, Vitor Hugo articulou aproximações com o MDB, visando o projeto do atual vice-governador e pré-candidato a governador, Daniel Vilela, partido que integra a base de apoio do presidente Lula. A movimentação foi considerada uma afronta aos interesses do PL, que pretende lançar candidatura própria para o governo estadual nas próximas eleições.
O presidente do PL em Goiás, Wilder Morais, não descartou a possibilidade de expulsar o parlamentar. A direção estadual deixou claro que a sigla não tolerará novas condutas semelhantes, ressaltando que os diálogos de Vitor Hugo foram movidos por interesses pessoais, especialmente suas pretensões ao Senado, sem o aval do partido.
“A postura do major Vitor Hugo fere os princípios partidários. O PL está alinhado com seus próprios projetos e não permitirá que ações individuais comprometam nossas diretrizes,” declarou Wilder Morais em conversa com aliados próximos. A crise expõe as disputas internas no partido e pode marcar o fim da relação entre o PL e o deputado, caso não haja uma retratação.
A nota publicada no perfil oficial do PL Goiás e no instagram de Wilder, acompanhada da hashtag #NotadeRepúdioganhou repercussão imediata, com apoiadores e críticos opinando sobre a possível expulsão de Vitor Hugo. Enquanto alguns defendem a postura firme do partido, outros questionam a condução do conflito, ponderando pela necessidade de unidade no cenário político estadual.