Em alguns açougues de Goiânia e Região Metropolitana, o quilo do pé de frango já chega a custar quase R$ 15. O aumento significativo do preço, de uma parte da ave que já foi muito desprezada pelos consumidores, se deve aos benefícios que o corte tem para a saúde e o volume de exportação.
O pé de frango é rico em colágeno e a divulgação desse fato fez com que o miúdo, que já foi até jogado fora, se tornasse uma iguaria. A China e o Japão já conhecem as vantagens do colágeno no pé de frango há muitos anos e são os principais importadores da ave.
Com isso, o valor da tonelada está custando 2.700 dólares. Os donos de mercados e açougues, que já chegaram a vender o pé por menos de R$ 2, estão comercializando o corte com valores mais altos que a coxa e sobrecoxa e, até mesmo, o peito de frango, considerado uma das partes mais saudáveis da ave.
Além disso, alguns comerciantes afirmam que o corte, que se tornou uma iguaria, está em falta pelos altos preços e agora compram sob encomenda daqueles clientes mais fiéis. Famílias carentes que consumiam pé pelo baixo custo, não conseguem mais adicionar o item na cesta básica.
Há alguns anos, ao se comprar um frango inteiro, o consumidor encontrava dois ou mais pés junto com outros miúdos. Agora, os grandes vendedores não incluem mais o corte e fazem a venda de forma separada.
O produto tem sido muito consumido por mulheres, que buscam no colágeno o rejuvenescimento da pele e a fortificação dos ossos. Os médicos inclusive recomendam o consumo do pé, desde que se elimine a pele e o excesso de gordura.