Deputadas denunciam racismo no aeroporto de Guarulhos

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Agência Brasil

Segundo as deputadas Ediane Maria (PSOL-SP), Andreia de Jesus (PT-MG) e Leninha (PT-MG), três mulheres negras, elas foram vítimas de revista discriminatória. O caso ocorreu no desembarque do grupo, segundo as denunciantes. Elas representaram o Brasil no Painel Internacional de Mulheres Afropolíticas, no Senado do México, mas denunciaram que foram vítimas de racismo no Aeroporto de Guarulhos.

Andreia de Jesus relatou em uma rede social que havia centenas de passageiros no desembarque, mas só ela e as outras duas deputadas foram selecionadas. As três passaram por revista pelos agentes de segurança da Polícia Federal (PF) no Aeroporto de Guarulhos.

“O motivo nós já sabemos. É a lógica do “suspeito padrão” que continua operando com as pretas e pretos”, criticou Andreia.

“Um constrangimento que nenhuma pessoa merece passar. Racismo é crime. E a gente vai seguir enfrentando a discriminação em todos os espaços, dentro e fora das instituições”, desabafou a deputada. 

Leninha também utilizou as redes sociais para denunciar o episódio de racismo no Aeroporto de Guarulhos. Ela corroborou o depoimento da colega, afirmando que não selecionaram nenhuma outra pessoa ao redor para a revista. Ela classificou o episódio como racismo velado, por terem sido as únicas pessoas “sorteadas” para passar pelo procedimento.

“Não é coincidência. É padrão. É a cor da nossa pele sendo lida como ‘suspeita’ em um país que ainda normaliza a violência racial disfarçada de protocolo. Estamos aqui para denunciar, resistir e lembrar: nenhuma humilhação será silenciada”, criticou. 

“De todos que estavam na fila, escolheram só nós, três mulheres negras”, relatou a deputada Ediane

Agência Brasil entrou em contato com o Aeroporto de Guarulhos e com a Polícia Federal. Porém, não obteve retorno até o momento da publicação da reportagem.