Comemorado em 1º de maio, o Dia do Trabalhador tem origem nas lutas operárias do final do século XIX e tornou-se símbolo mundial da defesa por melhores condições de trabalho. No Brasil, a data começou a ser celebrada no início dos anos 1890, inspirada por manifestações internacionais como a greve geral de Chicago, nos Estados Unidos, em 1886, quando operários reivindicaram a jornada de oito horas diárias.

As primeiras manifestações em solo brasileiro reuniram trabalhadores em passeatas e atos públicos, especialmente em centros urbanos como São Paulo e Rio de Janeiro. A oficialização do feriado veio apenas em 1925, durante o governo de Artur Bernardes. Ele decretou 1º de maio como data nacional de celebração dos trabalhadores.

O marco ganhou ainda mais destaque na Era Vargas. O então presidente Getúlio Vargas passou a usar o 1º de maio como momento estratégico para anunciar conquistas sociais e trabalhistas. Foi nessa época, por exemplo, que foram instituídos o salário mínimo e, em 1943, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Esse é um dos principais instrumentos legais de proteção ao trabalhador no país.

Cenário

Atualmente, o Brasil enfrenta novos desafios no mundo do trabalho. De acordo com dados do IBGE, o país encerrou o primeiro trimestre de 2025 com uma taxa de desemprego de 7,9%. Isso representa cerca de 8,6 milhões de pessoas em busca de uma ocupação. Por outro lado, o número de trabalhadores com carteira assinada atingiu 37,9 milhões, o maior patamar desde 2014.

Além disso, o avanço da tecnologia e o crescimento de plataformas digitais têm remodelado o perfil do trabalhador brasileiro, com aumento do trabalho remoto e por demanda. Essas transformações exigem novas regulamentações para garantir direitos e segurança aos profissionais.

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