Com 882 atendimentos registrados entre janeiro e março deste ano, a dor lombar é uma das principais queixas de pacientes que procuram o Hospital Estadual de Formosa (HEF). De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a tendência é global. Em 2020, cerca de 619 milhões de pessoas sofriam com lombalgia. A projeção é que esse número chegue a 843 milhões até 2050, impulsionado pelo envelhecimento da população e pelo estilo de vida sedentário.
Atualmente, a dor lombar figura entre as principais causas de incapacidade no mundo. Ela compromete diretamente a qualidade de vida e a produtividade de milhões de pessoas. Em grande parte dos casos, a origem é muscular, caracterizando a lombalgia mecânica — geralmente provocada por sedentarismo, fraqueza muscular, má postura ou esforços físicos feitos de maneira inadequada.
Conforme o ortopedista Gustavo de Sá Vasconcelos, coordenador da especialidade no HEF, é essencial observar os sinais de alerta. “Dores persistentes, perda de peso sem explicação, histórico de câncer, traumas recentes ou sintomas neurológicos, como perda de força e irradiação para os membros inferiores, podem indicar algo mais sério, como hérnia de disco ou compressão de raízes nervosas”, afirma.
O tratamento costuma ser conservador, com uso de analgésicos, anti-inflamatórios, relaxantes musculares, compressas mornas, repouso e fisioterapia. Em casos mais resistentes, os médicos também indicam procedimentos como infiltrações. No entanto, segundo o especialista, “mais de 90% dos quadros de lombalgia podem ser resolvidos com mudanças de hábitos e prática regular de atividade física”.
Prevenção é o melhor remédio
A prevenção da dor lombar passa por atitudes simples e eficazes no cotidiano. “Manter a postura correta ao sentar, distribuir bem o peso do corpo ao ficar em pé e usar cadeiras com apoio lombar no ambiente de trabalho fazem toda a diferença”, destaca Gustavo de Sá. Atividades físicas como pilates, ioga, musculação e hidroginástica são grandes aliadas, pois fortalecem a musculatura da região lombar e reduzem o risco de dores.
Além disso, caminhadas e alongamentos diários contribuem para manter a flexibilidade e evitar crises. A equipe do HEF orienta que, quanto mais cedo o paciente identificar e tratar a dor, maiores são as chances de recuperação sem complicações.
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