Eduardo Bolsonaro vai se licenciar da Câmara para ficar nos EUA

Faltam argumentos para sustentar abertura de investigação, diz Gonet

Eduardo Bolsonaro vai se licenciarFoto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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O deputado federal Eduardo Bolsonaro vai se licenciar da Câmara para ficar nos EUA, de acordo com o que informou nesta terça-feira (18/3).

Ele disse ainda que estuda a possibilidade de pedir asilo no país, por medo de que sua articulação nos Estados Unidos contra o ministro Alexandre de Moraes seja bloqueada.

“Criaram um monstro, e o monstro agora está sem limites. É um monstro incontrolável o Alexandre de Moraes”, assim afirmou Eduardo em entrevista.

Ainda conforme o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, ele tem um reserve de dinheiro para permanecer no país, mesmo em licença não remunerada da Câmara.

Passaporte

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, enviou nesta terça-feira (18/3) ao Supremo Tribunal Federal (STF) parecer contra o pedido de apreensão do passaporte do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro.

A manifestação de Gonet enviada ao Supremo em função da notícia-crime protocolada pelo PT e pelo deputado Lindbergh Farias (PT-RJ).

Na ação, encaminhada no mês passado ao Supremo, a legenda e o parlamentar alegaram que Eduardo Bolsonaro tem feito viagens aos Estados Unidos para articular com deputados daquele país ataques contra o ministro Alexandre de Moraes, relator das investigações sobre a trama golpista.

De acordo com o pedido, o filho de Bolsonaro comete crime de lesa-pátria por constranger o ministro e o Poder Judiciário brasileiro.

No STF, o caso distribuído a Alexandre de Moraes, que pediu o parecer da Procuradoria-Geral da República antes de decidir a questão.

Na manifestação enviada ao Supremo, Gonet disse que não há elementos mínimos de acusação para sustentar a abertura de investigação contra Eduardo Bolsonaro e a apreensão do passaporte. Dessa forma, segundo o procurador, o caso deve ser arquivado.

“Ausentes evidências de ilegalidades atribuíveis ao parlamentar representado, não há justa causa para autorizar a abertura de investigação. Não se nota matéria delitiva nos atos narrados pelos noticiantes”, afirmou Gonet.

Fonte: Agência Brasil

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