A vice-prefeita de Goiânia, coronel Cláudia Lira (UB), voltou a se refugiar em um bunker na madrugada deste sábado (15), após novos ataques do Irã contra Israel. Ela participa do programa internacional de capacitação “Muni Israel”, promovido pela agência israelense Mashav, na cidade de Kfar Saba.
Cláudia integra um grupo de 18 brasileiros, incluindo secretários de Saúde e Agricultura de Goiás, que estão em missão oficial no país. Segundo relatos da própria vice-prefeita, todos estão “isolados e em alerta”, mas seguros. O grupo permaneceu por cerca de 10 minutos no abrigo, após o acionamento das sirenes que indicam risco de bombardeio, e só deixou o local após liberação das autoridades.
O cronograma original da missão previa o encerramento das atividades no dia 20 de junho, com retorno ao Brasil no dia seguinte. No entanto, com a escalada do conflito na região, a programação foi suspensa e o retorno dos brasileiros ainda é incerto.
O Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) acompanha a situação e tem mantido contato direto com os integrantes da comitiva brasileira. A recomendação atual é que eles permaneçam em Israel até que seja seguro deixar o país. Uma rota terrestre via Jordânia também está sendo avaliada como alternativa de evacuação.
A ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, conversou por telefone com os participantes da missão, incluindo Cláudia Lira, para garantir apoio e segurança. Novos contatos entre autoridades brasileiras e israelenses estão previstos para este sábado (15).
Diante da escalada do conflito, o Ministério das Relações Exteriores brasileiro informou neste sábado (14) que está negociando com o governo da Jordânia a abertura de uma rota terrestre para evacuação das autoridades brasileiras. A medida poderá permitir a travessia das comitivas pela fronteira, quando as condições de segurança forem restabelecidas.
“O ministro Mauro Vieira manteve contato com seu homólogo da Jordânia com o objetivo de abrir uma alternativa de evacuação por aquele país”, diz a nota oficial do Itamaraty.