Os estudantes da Escola do Futuro de Goiás em Mineiros estão produzindo próteses e órteses acessíveis por meio da impressão 3D. O projeto tem parceria com as Faculdades de Medicina e Medicina Veterinária do Centro Universitário de Mineiros (Unifimes). O objetivo é oferecer soluções de alta qualidade a baixo custo para pessoas e animais que necessitam desses dispositivos.

O professores Karine Lopes e Wilker Batista são os coordenadores do projeto, desenvolvido dentro da disciplina de Projeto Integrador. Nele, os alunos precisam propor ideias de empresas criativas que atendam às demandas reais do mercado. Além disso, há a participação de alunos da escola que cursam Desenvolvedor Back-End, disciplina do curso de Web Design e Cibersegurança, a fim otimizar a produção nas impressoras 3D.

O projeto foi apresentado em dezembro de 2024 e, atualmente, está na fase de desenvolvimento das próteses e órteses. As demandas são identificadas pelos alunos da Unifimes, que realizam atendimentos nos laboratórios, identificando pacientes com necessidade dos equipamentos e, com base nesse levantamento, passam as diretrizes para que as peças personalizadas sejam desenvolvidas na Escola do Futuro.

Dessa forma, a fase de testes está prevista para início de maio. As próteses e órteses são confeccionadas com ácido polilático (PLA), material ermoplástico usado para imprimir em 3D. A professora Karine destaca que o objetivo é “ampliar o acesso e baratear os custos”. Ela ainda acredita no benefício que as próteses e órteses 3D podem trazer à comunidade. “Assim, podemos oferecer para a sociedade um produto de boa qualidade e preço abaixo de mercado, enquanto nossos alunos entregam um serviço de ponta para a comunidade”.

Impacto social

O objetivo é expandir o projeto para outras unidades da Escola do Futuro de Goiás e para outras cidades, ampliando o impacto social da iniciativa. “Projetos como esse mostram o potencial transformador da tecnologia quando aliada à educação e às demandas sociais. Estamos formando talentos que dominam novas ferramentas e aplicam esse conhecimento para impactar positivamente a sociedade”, afirma o secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação de Goiás, José Frederico Lyra Netto.

“A produção dessas peças com tecnologia 3D traz a possibilidade de oferecer mais acessibilidade, qualidade de vida e inclusão a pessoas que antes teriam menos acesso a esse tipo de recurso”, afirma o diretor de Inovação e Empreendedorismo da Unifimes, Daniel Resende. Para ele, a “iniciativa é extremamente importante e representa um marco não apenas para a EFG, mas para toda a nossa comunidade acadêmica e regional”.

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