A família de Juliana Marins, morta após uma queda durante trilha no vulcão Rinjani, na Indonésia, entrou com um pedido judicial para que o corpo da brasileira seja submetido a uma nova autópsia no Brasil. A solicitação foi feita por meio da Defensoria Pública da União, e o caso já tramita na Justiça Federal.
Equipes de resgate encontraram Juliana morta no dia 24 junho, após uma queda de aproximadamente 40 metros durante uma trilha guiada na ilha de Lombok. O laudo de autópsia realizado pelas autoridades indonésias concluiu que a causa da morte foi trauma contundente, com fraturas torácicas e hemorragia interna. A estimativa é de que a brasileira tenha morrido cerca de 20 minutos após o acidente. No entanto, a família questiona a condução do processo e diz que recebeu informações da imprensa local antes mesmo da entrega oficial do laudo.
Nas redes sociais, a irmã de Juliana, Mariana Marins, afirmou que a família busca apenas respostas:
“Acreditamos no Judiciário Federal brasileiro e esperamos uma decisão positiva nas próximas horas.”
A autópsia no Brasil seria fundamental, de acordo com os familiares, para confirmar ou esclarecer possíveis lacunas na investigação feita no exterior.
Repatriação e apoio institucional
O translado do corpo ao Brasil foi viabilizado com apoio da Prefeitura de Niterói, cidade natal de Juliana, que custeou cerca de R$ 55 mil para o transporte internacional. Apesar da autorização da companhia aérea, houve atraso no voo por falta de espaço no compartimento de cargas.
Além da prefeitura, o caso também mobilizou o governo federal. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou que o Itamaraty prestasse apoio integral à família e solicitou a revogação de um decreto anterior, que limitava o custeio de translados de brasileiros mortos no exterior.
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