Duas famílias da cidade de Inhumas, na Região Metropolitana de Goiânia, viram suas vidas virar de cabeça para baixo ao descobrir, após três anos, que seus filhos foram trocados na maternidade. O episódio, envolvendo partos realizados no Hospital da Mulher, em outubro de 2021, foi descoberto pelos pais após a realização de exames de DNA.
A suspeita começou quando Yasmin Kessida Silva e seu companheiro decidiram realizar o teste, após o pai de uma das crianças desconfiar que o filho não era seu e pedir o divórcio. Confiante de que nunca tinha sido infiel ao marido, afirmou que se o filho não fosse dele, também não seria dela. Diante da situação, o exame foi feito e revelou que o filho criado por eles não era geneticamente compatível com o casal. Após buscas, as famílias identificaram a troca e descobriram que outra criança, criada por Kamila Cristina Mendanha, também não era filho biológico da mulher.
Ambas as famílias relataram momentos de choque e angústia ao descobrirem que seus filhos não eram realmente seus. Agora, a troca envolve a violação dos direitos das crianças e das famílias e poderá gerar processos judiciais e pedidos de indenização. Especialistas apontam que casos como este, além do impacto emocional, frequentemente resultam em longas batalhas legais.
Enquanto aguardam respostas e soluções, as famílias tentam lidar com a difícil tarefa de reestruturar suas vidas após anos de convivência com crianças que consideravam suas.
O caso está sendo investigado pela Polícia Civil de Goiás. O hospital envolvido informou que abriu uma sindicância interna para apurar a troca e lamentou profundamente o ocorrido e garantiu que está cooperando com as autoridades. Segundo a direção, medidas de segurança foram reforçadas para evitar futuros episódios semelhantes.
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