No Hub Cerrado, Fieg promove imersão em práticas de inovação aberta

Fieg promove imersãoFoto: divulgação

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No Hub Cerrado, Fieg promove imersão em práticas de inovação aberta. Promovido pelo Conselho Temático de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (CDTI), o seminário Inovação 360: Open Innovation reuniu empresários, gestores e especialistas na terça-feira (17/6).

De acordo com a Federação, o encontro faz parte da trilha de eventos dedicada a promover a cultura da inovação nas indústrias goianas, e trouxe à tona experiências concretas de empresas que têm superado desafios e evoluído a partir da inovação aberta.

A mesa-redonda foi mediada por Uaitã Pires, diretor-geral do Hub Cerrado, e contou com participação de Romeu Neiva Neto (Innovar Construtora), Wiviany Rubia Borges Chendes (Café Rancheiro), Bruno Sousa (IndustryCare) e Anderson Rodrigues Santos (Jalles Machado).

Na abertura do evento, a assessora técnica do CDTI, Kárita Flor, explicou que a trilha Inovação 360 é um espaço de troca que fortalece o ecossistema empresarial goiano. “Estamos promovendo um ambiente que conecta boas práticas, estimula o networking e fomenta a cultura de inovação dentro dos negócios. Inovar não é um projeto pontual — é uma jornada que precisa de visão, coragem e continuidade”, conforme destacou.

Construção civil na era do BIM

Primeiro a se apresentar, Romeu Neiva Neto, diretor de planejamento da Innovar Construtora, trouxe à discussão os desafios do setor da construção civil. “Percebemos que os gargalos que enfrentávamos — como falhas de comunicação e gestão descentralizada — não eram só nossos. Eles refletem problemas estruturais do setor”, assim explicou.

A empresa passou a investir em metodologias de coordenação de projetos com base no BIM (Building Information Modeling), e em soluções próprias, como um sistema SaaS para gestão integrada de obras. “A adoção do BIM nos permitiu melhorar a compatibilização de projetos, integrar equipes e fornecedores e avançar em escala com mais controle”, conforme completou.

Café com inovação

Na sequência, Wiviany Chendes, gerente de projetos do Café Rancheiro, mostrou como a inovação está no centro da estratégia da empresa, que emprega mais de mil colaboradores e possui atuação nacional com lojas próprias e franquias.

“O grupo tem investido fortemente em automatização pró-máquinas, otimizando seus processos e garantindo maior eficiência operacional. Esses avanços tecnológicos têm sido fundamentais para sustentar a expansão e a qualidade dos serviços prestados”, assim afirmou.

De acordo com ela, o grupo adota a inovação aberta como prática cotidiana, abrindo espaço para parcerias e ideias que gerem resultados reais. “A experiência do consumidor é o centro da nossa proposta. Oferecemos mais que café — entregamos conveniência, sabor e conexão com o produto em ambientes leves e acessíveis. O desafio não é criar algo novo, mas ter coragem para explorar novos mercados”, concluiu.

Dados que impulsionam decisões – Bruno Sousa, fundador da IndustryCare, destacou como a ciência de dados e a inteligência artificial têm mudado a forma como as indústrias operam. “A maioria das empresas ainda não sabe como coletar e transformar dados em decisões. Nossa missão é reduzir essa latência com soluções acessíveis”, conforme disse.

Bruno apresentou ferramentas como o ColdCare — gêmeo energético digital para frigoríficos — e o CarbonCare, plataforma para gestão de emissões e sustentabilidade. “Oferecemos uma jornada completa, da digitalização à predição de cenários, com foco em eficiência, redução de custos e descarbonização industrial. E fazemos isso com um modelo de acesso viável, sem investimento inicial”, assim explicou.

Agroindústria conectada ao futuro

Encerrando o seminário, Anderson Rodrigues Santos, gerente de projetos da Jalles Machado, compartilhou as ações de inovação voltadas ao campo e à indústria. A empresa tem investido em Agricultura 4.0, rotação de culturas, controle biológico e uso inteligente de dados para aumentar a produtividade. “Aplicamos sensores, sistemas e conectividade para ter precisão no uso de insumos, melhorar a qualidade da matéria-prima e otimizar processos”, conforme destacou.

Além disso, Anderson apresentou o modelo de produção da empresa baseado em economia circular e os projetos futuros para aproveitamento de biogás. “Nosso foco está nos pilares da descarbonização, bioinsumos, tecnologia agroindustrial e regeneração do solo. Inovação aqui não é conceito, é prática integrada ao nosso crescimento”, assim finalizou.

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