Museu de Arte de Goiânia abre exposição gratuita “Césio 137: Você se lembra?”

Abertura é nesta quinta-feira (10/10), às 19h, como parte da programação do aniversário de 82 anos de Goiânia

Leide das NevesFoto: divulgação

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O Museu de Arte de Goiânia sedia a partir desta quinta-feira (10/10), às 19h, a exposição “Césio 137: Você se lembra?”, como parte da programação do aniversário de 82 anos de Goiânia.

Assim, a abertura conta com a presença da senhora Lourdes, mãe da Leide das Neves.

O acervo, composto por obras do artista plástico Siron Franco, conta ainda com fotos do acervo jornalístico do Jornal O Popular.

A visitação segue até 1º de dezembro, de terça-feira a sexta, 8h às 12h e 13h às 17h; sábados, domingos e feriados das 8h às 18h.

Em suas obras, Siron Franco registrou o Césio 137 por meio de uma série impressionante de pinturas, gravuras, desenhos, cerâmica se esculturas.

Juntamente com as obras de Siron o museu também exibe o material fotojornalístico da época pertencente ao arquivo de O Popular que.

O jornal reportou o episódio marcante em uma sequência de imagens que retratam o drama vivenciado pelas vítimas do Césio 137 que tiveram suas vidas ceifadas brutalmente deixando familiares, assim como amigos inconformados com a perda dos seus entes queridos.

“O museu busca manter acessa na lembrança a experiência desta tragédia que deixou marcas profundas em nossa gente”, afirma o diretor do MAG, Antônio Damata.

Performance

A abertura da exposição conta com apresentação da performance Dractividade, mais do que um espetáculo artístico, este projeto é um poderoso veículo de memória, conscientização e inclusão social.

Com uma fusão de teatro, dança e música, Dractividade revisita o trágico acidente radiológico do Césio-137, ocorrido em Goiânia, que assim, neste ano, no dia 13 de setembro, completou 37 anos.

O espetáculo conecta esse evento a outros desastres, como o de Chernobyl, e traz à tona a alegria e inocência que precederam a descoberta do perigo, além de criticar o tratamento desumano das vítimas.

Utilizando a figura da drag queen como símbolo, a peça apresenta uma personagem radioativa que, através da dança e da música pop, constrói uma narrativa de resistência e empoderamento, assim como traça uma poderosa analogia com a luta da comunidade LGBTQIAPN+.

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