Goiás está à frente de um projeto nacional pioneiro que une restauração ambiental, inovação científica e desenvolvimento sustentável no Cerrado e no Pantanal. A iniciativa é coordenada pelo Instituto Federal Goiano (IF Goiano) e busca acelerar o crescimento de espécies nativas adaptadas a condições extremas, capazes de regenerar áreas degradadas e gerar valor econômico.
O projeto recebeu R$ 6,25 milhões em investimentos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), por meio do Programa de Desenvolvimento da Pós-Graduação (PDPG Centro-Oeste).
Biomas mais resilientes com tecnologia e ciência aplicada
Com apoio de universidades como a UFG, UniRV, UFR e UFMT, a pesquisa desenvolve técnicas avançadas para garantir a qualidade das mudas e aumentar sua resistência. Entre as inovações estão:
- Análise de sementes por raio-X e imagem multiespectral;
- Desenvolvimento de bioinsumos adaptados ao clima;
- Criação de banco de germoplasma com microrganismos nativos;
- Áreas experimentais permanentes para validar os protocolos.
Restauração produtiva: natureza aliada à economia local
O projeto vai além da recuperação ambiental. Ele promove um modelo de restauração produtiva, no qual as plantas nativas também servem como fonte de renda para comunidades locais, com aplicações nas indústrias cosmética, alimentícia e farmacêutica.
Espécies selecionadas produzem óleos essenciais, antioxidantes, frutos, farinhas e suplementos, conectando biodiversidade à geração de negócios sustentáveis. Sistemas integrados de produção também serão testados, unindo agricultura, pecuária e floresta numa mesma área, com maior produtividade por hectare e criação de empregos no campo.
Impacto social e capacitação para o futuro
A proposta prevê a capacitação de profissionais em todos os níveis — de técnicos a pós-graduados — para atuarem com os recursos genéticos dos biomas brasileiros. Comunidades e produtores rurais serão beneficiados com treinamentos, transferência de tecnologia e valorização do conhecimento tradicional.
“A ideia é acelerar a resposta da natureza, formar profissionais qualificados e gerar produtos sustentáveis que impulsionem a economia regional”, afirma a coordenadora do projeto, professora Juliana de Fátima Sales, do IF Goiano.
Goiás se destaca na conservação ambiental
Segundo o MapBiomas, o estado de Goiás reduziu em 71% a perda de vegetação nativa em 2024, um resultado expressivo que reforça a importância de políticas públicas ambientais e do investimento em ciência aplicada.
Além de apoiar a recuperação de áreas degradadas, o projeto interioriza a pesquisa, fortalece programas de pós-graduação e transforma a restauração ecológica em oportunidade econômica.
🌱 Por que este projeto é importante?
✅ Recupera áreas degradadas com espécies nativas
✅ Gera renda e emprego com produtos da biodiversidade
✅ Usa tecnologia para acelerar a regeneração do solo
✅ Forma profissionais especializados em sustentabilidade
✅ Conecta ciência, natureza e desenvolvimento regional
