Goiás registra maior rendimento domiciliar per capita da série história

Dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

Goiás alcançou maior valorFoto: Roberto Parizotti/Fotos Públicas

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Goiás alcançou em 2024 o maior valor da série histórica do rendimento real domiciliar per capita, com uma média mensal de R$ 2.059. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e analisada pelo Instituto Mauro Borges de Pesquisa e Estatísticas (IMB). Este é o segundo ano consecutivo em que o estado supera a média nacional nesse indicador.

O crescimento foi expressivo: 20,4% em relação a 2018, superando em quase oito pontos percentuais o avanço observado no Brasil. A soma total dos rendimentos mensais por pessoa nos domicílios goianos chegou a R$ 15,4 bilhões, maior valor já registrado desde o início da série, em 2012. Dessa forma, em valores absolutos, isso representa um acréscimo de R$ 3 bilhões em relação a 2018 — uma alta de 30%.

Outro dado relevante é o rendimento médio de todas as fontes, que atingiu R$ 3.118 em Goiás, o maior já registrado no estado. Em comparação com 2018, a alta foi de 13,4%, o que coloca o estado com o quarto maior crescimento de rendimento do país.

Renda média

Além disso, a renda média recebida por pessoas que trabalham em Goiás também atingiu um patamar histórico: R$ 3.196. O crescimento foi de 12,6% em relação a 2018, colocando o estado com o quinto maior aumento nacional nesse quesito.

O peso do trabalho na composição da renda também cresceu. Em 2024, 80,4% da renda domiciliar per capita em Goiás veio do trabalho, ou seja, um aumento de 2,1 pontos percentuais em relação a 2023. O resultado, portanto, é superior à média nacional (74,9%) e também à da Região Centro-Oeste (79,4%), configurando o quinto maior crescimento entre os estados.

O levantamento calcula o rendimento domiciliar per capita ao dividir a soma de todos os rendimentos mensais do domicílio — provenientes do trabalho e de outras fontes — pelo número total de moradores, incluindo pensionistas, empregados domésticos e seus parentes. Ao longo de 2024, o IBGE coletou os dados durante visitas realizadas pela PNAD Contínua e organizou as informações trimestralmente. O Instituto Mauro Borges (IMB) validou os resultados.

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