Empresário goiano denuncia plano de saúde por cirurgia mal sucedida

Márcio Lima afirma que plano Hapvida por operação foi mal conduzida que resultou em sequelas permanentes

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Uma das maiores operadoras de planos de saúde do Brasil, o Hapvida, tem sido alvo de críticas crescentes por parte de usuários e entidades de defesa do consumidor. De acordo com pesquisa divulgada em 2024 pelo Instituto de Defesa do Consumidor (IDEC), 68% dos usuários do Hapvida relataram problemas para agendar consultas e exames.

Procedimentos simples, como atendimentos de rotina, chegam a ter espera superior a 30 dias. Além disso, há o registro de aumento de 15% nas reclamações registradas na Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), em comparação com o ano anterior.

Outro indicador é o índice de resolução de demandas: a operadora soluciona menos de 55% das reclamações, de acordo com a ANS. Especialistas apontam que a baixa resolutividade pode estar ligada a entraves na gestão operacional, além de falhas na comunicação entre a operadora, os prestadores de serviço e os beneficiários.

Além disso, a transparência nas informações também é uma queixa frequente. Usuários relatam dificuldade para acessar dados claros sobre cobertura, reembolsos e autorizações de procedimentos. Para analistas do setor, esse contexto revela a urgência de medidas de reestruturação, como investimento em tecnologia, capacitação de equipes e maior clareza nos canais de atendimento.

Paciente relata cirurgia mal sucedida

O empresário do ramo da comunicação, Márcio Lima, de 49 anos, é um dos usuários que denuncia o plano. Em entrevista ao site Diário de Goiás, ele relatou complicações após uma cirurgia de artrodese lombar realizada em 23 de dezembro do ano passado, pelo plano Hapvida. Conforme o relato de Márcio, a operação foi mal conduzida, resultando em uma sequela permanente na perna esquerda, conhecida como “pé de bailarina”. “Eu só sou um cidadão indignado, que desde dezembro está sofrendo”, declarou.

De acordo com o empresário, foi necessária uma segunda cirurgia com um profissional fora da rede credenciada. O custo foi de R$ 140 mil, pagos do próprio bolso. Ele afirma ter laudos que atestam falhas na primeira cirurgia e informou que pretende acionar judicialmente a operadora, o médico responsável e a empresa que forneceu o material cirúrgico. “Vou buscar reparação financeira e moral”, afirmou.

Além da esfera judicial, Márcio também pretende mobilizar outros usuários insatisfeitos com planos de saúde. Ele anunciou que utilizará espaços públicos, como a Tribuna Livre da Câmara Municipal, para denunciar o descaso da operadora com os pacientes. “Eu vou puxar essa pauta do descaso dos planos de saúde, dos erros médicos que os planos de saúde estão fazendo com as pessoas”, afirmou.

Confira a nota da Hapvida sobre o caso de Márcio

A empresa reforça seu compromisso em garantir o melhor atendimento aos seus beneficiários, sempre baseada em critérios técnicos e nas melhores práticas assistenciais.

Esclarece também que o paciente recebeu estruturas hospitalar e médica para o melhor tratamento que o quadro de saúde exigia.

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