Laudo diz não ser possível concluir se idoso estava morto ao chegar ao banco

O laudo de exame de necropsia de Paulo Roberto Braga, de 68 anos, foi divulgado na noite de ontem

Mulher leva idoso mortoFoto: reprodução/Internet

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Laudo diz não ser possível concluir se idoso estava morto ao chegar ao banco, levado por sua sobrinha, nesta terça-feira (16/4).

O laudo de exame de necropsia de Paulo Roberto Braga, de 68 anos, foi divulgado na noite de ontem (17/4).

O delegado diz que hora da morte de idoso não altera crime em banco.

Registrada em vídeo, a tentativa de saque na agência bancária dificulta a defesa da suspeita.

Nas imagens, o idoso está pálido e sem qualquer reação ou reflexo, sentado em uma cadeira de rodas, no momento em que Érica pede repetidas vezes que ele assine o empréstimo de R$ 17 mil.

A mulher, que informou à polícia ser cuidadora e sobrinha dele, chega a dizer que ele “era assim mesmo”, quando uma funcionária disse que o idoso não parecia bem.

Os funcionários do banco percebem que o idoso não reagia e, como resultado, decidiram chamar o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu).

Ao chegar, o médico constatou que o corpo apresentava sinais de que a morte já havia ocorrido há algumas horas.

Confira parte do Laudo que diz não ser possível concluir se idoso estava morto ao chegar ao banco.

“De forma indireta, o perito não se opõe que o óbito tenha ocorrido entre 11h30h e 14h30h do dia 16/04/2024. Dessa forma, o perito não tem elementos seguros para afirmar, do ponto de vista técnico e científico, se o sr. Paulo Roberto Braga faleceu no trajeto ou interior da agência bancária, ou que foi levado já cadáver à agência bancária.

O exame demonstra cadáver de um homem previamente doente com necessidades de cuidados especiais, mas com morte por broncoaspiração do conteúdo estomacal e falência cardíaca. Aguardo exames toxicológicos para determinar se houve fator externo contribuindo para a morte com drogas.

Tais dados corroboram o achado necroscópico de desnutrição e broncoaspiração. A cardiopatia prévia encontrada também favoreceu a morte.”

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