Uma nova escalada no conflito entre Irã e Israel deixou o mundo em alerta nesta segunda-feira (16/06). Mísseis lançados por forças iranianas atingiram diversas cidades israelenses, incluindo Tel Aviv, Haifa e Petah Tikva, deixando pelo menos oito civis mortos e mais de 90 feridos, de acordo com balanços preliminares das autoridades locais.
A ofensiva, considerada uma das mais intensas desde o início das hostilidades, surpreendeu as forças israelenses ao conseguir furar o sistema de defesa antimísseis Iron Dome. Além disso, o Irã afirmou ter utilizado um “novo método” de ataque, o que explicaria o grande número de projéteis que conseguiram atingir áreas urbanas densamente povoadas.
Entre os alvos atingidos estão edifícios residenciais, escolas e centros de pesquisa. O prestigiado Instituto Weizmann, em Rehovot, sofreu danos, assim como um colégio em Tel Aviv. Explosões próximas às representações diplomáticas dos Estados Unidos também causaram danos leves à embaixada e ao consulado norte-americano em Tel Aviv.
As forças de resgate israelenses continuam atuando nos escombros em busca de vítimas e sobreviventes. O número de mortos pode aumentar nas próximas horas. Desde o início desta nova fase do conflito, o número de civis israelenses mortos já ultrapassa duas dezenas. Contudo, do lado iraniano, autoridades falam em pelo menos 224 mortos — a maioria civis.
Resposta de Israel
Em resposta aos ataques, Israel bombardeou instalações nucleares e bases militares do Irã, além de alegar ter conquistado supremacia aérea sobre Teerã. O governo israelense também anunciou a morte de oficiais da inteligência iraniana. O ministro da Defesa de Israel declarou que “Teerã pagará um preço alto em breve”.
A ofensiva e a contraofensiva reacenderam o temor de um conflito de grandes proporções no Oriente Médio. Reunidos no Canadá, os líderes do G7 acompanham a crise com preocupação. Os Estados Unidos reafirmaram apoio à defesa de Israel, enquanto deslocam o porta-aviões USS Nimitz para a região. Já países como Rússia e Turquia pedem moderação e buscam uma solução diplomática para conter a escalada.
Este é o quarto dia consecutivo de ataques, com sinais de que o confronto ainda está longe de um cessar-fogo. A tensão militar, os danos civis e os impactos geopolíticos já afetam também os mercados globais, em especial o setor energético.
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