O ator Francisco Cuoco, conhecido por seus papéis marcantes como galã nas novelas Selva de Pedra, Pecado Capital e O Astro, morreu nesta quinta-feira (19/6), aos 91 anos. Ele estava internado há cerca de 20 dias no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, sedado após sofrer complicações de saúde agravadas pela idade avançada .
Segundo a família, Cuoco enfrentava um ferimento infectado e problemas renais que afetaram sua mobilidade. Recentemente, ele relatou dificuldades para se locomover e precisou da ajuda de cuidadores para atividades simples. O Hospital ainda não divulgou a causa oficial da morte, mas fontes próximas indicam falência múltipla de órgãos.
Trajetória e legado
- Nascimento: 29 de novembro de 1933, no bairro do Brás, em São Paulo; filho de feirante italiano
- Formação: Estudou na Escola de Arte Dramática, abandonando a carreira em Direito para se dedicar ao teatro. Iniciou sua trajetória no Teatro Brasileiro de Comédia e no Teatro dos Sete, sendo premiado em 1964 pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA)
- TV: Estreou na TV Tupi em 1957 e passou por emissoras como Record, Excelsior e TV Rio. Tornou-se estrela da TV Globo em 1970, com novelas como O Cafona (1971), Selva de Pedra (1972), Pecado Capital (1975), O Astro (1977) e O Outro (1987)
- Prêmios: Acumulou reconhecimentos como APCA, Arte Qualidade Brasil e múltiplos Troféus Imprensa
Vida pessoal
Cuoco era irmão de Grácia, com quem vivia em São Paulo. Deixou três filhos — Tatiana, Rodrigo e Diogo — e diversos netos. Sua última participação na TV foi em 2018, na novela Segundo Sol, embora tenha mantido aparições ocasionais em produções até 2020.
Homenagens e despedida
A emissora Globo já programou um tributo em homenagem ao ator. A cerimônia de velório foi marcada para sexta-feira (20), das 7h às 15h, no Funeral Home, na Bela Vista, em São Paulo. O enterro será privado.
Contribuição para a cultura
Francisco Cuoco foi um dos primeiros galãs da TV brasileira, transmitindo charme e presença cênica por quase sete décadas. Seu trabalho ajudou a consolidar formatos que se tornariam padrão na teledramaturgia nacional.