Uma mulher de 24 anos, identificada como Thais Thealdo da Silva, foi assassinada com 51 facadas pelo próprio marido, também de 24 anos, dentro do apartamento de um hotel no bairro Jardim dos Turistas, em Caldas Novas, nesta quinta-feira (03/07).
Imagens de câmeras de segurança do condomínio mostram o casal saindo do local com a filha de quatro anos. Em seguida, eles retornaram sem a criança. A menina ficou com parentes. Menos de dez minutos após voltarem ao apartamento, o homem aparece novamente nas imagens saindo sozinho do prédio.
Horas depois, o próprio pai levou o suspeito para a Central de Flagrantes de Caldas Novas. De acordo com o relato do pai à polícia, o filho confessou ter matado a esposa e revelou que pretendia assassinar um suposto amante dela antes de tirar a própria vida. Diante da gravidade da confissão, o pai decidiu entregá-lo.
Com as informações repassadas pelo autor, os agentes seguiram até o local e encontraram o corpo de Thais. A polícia autuou o homem em flagrante por feminicídio.
Feminicídio no Brasil
O feminicídio, tipificado como crime hediondo desde 2015, segue como uma das formas mais brutais de violência contra a mulher no Brasil. Em geral, os autores são parceiros ou ex-parceiros das vítimas, e os crimes costumam ocorrer em contextos de violência doméstica e familiar. A lei prevê penas mais severas para esse tipo de assassinato. Além disso, há agravantes quando a vítima está grávida ou o crime acontece na presença de filhos ou na frente de menores.
Apesar da legislação específica, os índices continuam altos e preocupam autoridades e especialistas. Casos recorrentes mostram falhas na proteção às vítimas, mesmo após denúncias ou medidas protetivas. Sendo assim, organizações de defesa dos direitos das mulheres reforçam que o enfrentamento ao feminicídio exige políticas públicas eficazes, investimento em educação e fortalecimento da rede de apoio para prevenir mortes anunciadas.
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