A Polícia Civil concluiu que não houve crime na troca de bebês ocorrida em um hospital de Inhumas, na Região Metropolitana de Goiânia, e solicitou o arquivamento do caso. Os bebês nasceram em outubro de 2021, com um intervalo de 14 minutos entre os partos. As famílias descobriram a troca três anos depois, em outubro de 2024.
Conforme apontado no relatório do inquérito, a identificação dos bebês foi realizada corretamente pela unidade hospitalar. No entanto, segundo a investigação, o equívoco foi cometido por uma técnica de enfermagem quando ela entregou os recém-nascidos aos pais. A Polícia Civil entendeu que o episódio não configura crime e, por isso, recomendou o arquivamento.
A polícia finalizou o inquérito no dia 18 de março. As famílias só descobriram a troca dos bebês quando um dos pais passou a desconfiar da paternidade da criança. Contudo, o caso tornou-se público no mês seguinte, após a família acionar as autoridades.
A defesa de um dos pais manifestou discordância sobre o desfecho da investigação. De acordo com o advogado responsável pelo caso, a situação foi de extrema gravidade. Ele defendeu que houve falhas nos protocolos de segurança hospitalar. Para ele, a troca ocorreu, no mínimo, por negligência e as esferas administrativa, cível e criminal precisam ser apurar e responsabilizar os envolvidos. O Hospital da Mulher de Inhumas não se manifestou sobre a conclusão do inquérito.
Leia também: Famílias descobrem troca de bebês na maternidade após três anos