Nas quermesses e arraiás espalhados pelo país, não importa a cidade ou o estado: se tem festa junina, tem comida de milho. Pamonha, curau, canjica, bolo, pipoca, milho cozido… A fartura amarela toma conta das barracas, das mesas e das memórias afetivas de milhões de brasileiros. Mas afinal, por que o milho é o ingrediente que domina o cardápio junino?
A resposta começa na terra. Junho marca o período de colheita do milho em grande parte do Brasil. É quando o grão está mais fresco, abundante e barato, o que naturalmente favorece seu uso em receitas populares. Dessa forma, as festas juninas, no fundo, são celebrações da colheita, uma forma de agradecer pela fartura da roça.
A origem das festas juninas remonta às comemorações católicas de santos como São João, Santo Antônio e São Pedro, trazidas pelos portugueses na época da colonização. No Brasil, essas festividades ganharam o toque das tradições caipiras e nordestinas, fortemente ligadas à agricultura familiar. E, nesse contexto, o milho virou rei.
Versátil, nutritivo e saboroso, o grão se encaixa perfeitamente nas receitas doces e salgadas que aquecem o inverno brasileiro e o coração do povo. Além disso, é um ingrediente democrático que permite fazer desde pratos simples como a pipoca até receitas mais elaboradas como a pamonha, que exigem tempo e técnica.
Além do sabor, o milho também carrega um valor simbólico. Ele representa o ciclo da vida na roça, o trabalho coletivo, a partilha e a celebração dos frutos colhidos com esforço. Por isso, mais do que uma escolha prática, colocar o milho no centro da mesa junina é um gesto de memória, gratidão e identidade cultural.
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