Primeira ida ao oftalmologista deve ocorrer logo no início da vida, destaca especialista

No dia que destaca esse profissional, SGO explica sobre frequência das consultas

Primeira ida ao oftalmologistaFoto: reprodução/Freepik

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Primeira ida ao oftalmologista deve ocorrer logo no início da vida, destaca especialista. De acordo com Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 19% da população brasileira têm algum tipo de deficiência visual.

Deste total, mais de 6 milhões têm questões severas. Um levantamento da Sociedade Brasileira de Oftalmologia (SBO) revela que 11,6% dos entrevistados nunca consultaram um oftalmologista, evidenciando a lacuna no cuidado à saúde ocular no país. 7 de maio é o Dia do Oftalmologista.

“Também conhecido como teste do reflexo vermelho, realizado durante a primeira semana de vida do bebê para avaliar as estruturas do olho. Assim, garantindo que estão corretamente desenvolvidas. Este teste normalmente ocorre na maternidade, mas também na primeira consulta com o pediatra. E repetido algumas vezes durante os 2 primeiros anos de vida”, pontua o oftalmologista Henrique Rocha.

Ele, que é presidente da Sociedade Goiânia de Oftalmologia (SGO), destaca que a primeira consulta com um oftalmologista deve ocorrer nos primeiros meses. “Recomendamos uma consulta de rotina ainda no primeiro ano de vida, idealmente nos primeiros 6 meses, mesmo que não haja queixa alguma. Os olhos são os órgãos que mais se desenvolvem no primeiro ano de vida. Existem meios de examinar e avaliar a acuidade visual mesmo de bebês, quando necessário. Conseguimos ainda avaliar o grau, o fundo de olho, a pressão ocular, tudo sem que a criança precise informar”.

Visão das crianças

O especialista lembra que as crianças desenvolvem a visão cerebral até os 7 anos, no geral, por isso essencial ter uma rotina de consultas nessa fase. “É importante elas frequentarem, independentemente de queixas ou não, um oftalmologista para ver se existe alguma alteração”.

“Porque, por exemplo, a criança pode ter um olho que funciona muito bem e outro que não. E ela nunca soube dessa diferença porque ela nasceu desse jeito. Se ela não desenvolver esse olho antes dos 10 anos, ela pode ficar amblíope. Ou seja, um olho que estruturalmente é normal, só que ele não tem potencial de visão cerebral e não tem como estimular esse olho depois”, alerta.

Consultas

Muitas vezes a ida ao oftalmologista só acontece quando aparece alguma dificuldade de enxergar, mas deve-se consultar regularmente. “Em geral a consulta de rotina deve ser anual em adultos saudáveis, mas a frequência recomendada varia com a idade e com a saúde ocular do paciente”.

“Pessoas com histórico familiar de doenças oculares ou que tenham algum sintoma de problema ocular, devem ir ao oftalmologista com maior frequência. Da mesma forma, aqueles com mais de 40 anos ou com doenças crônicas como diabetes ou hipertensão arterial também devem fazer exames de rotina mais vezes”, destaca o médico.

Henrique Rocha elenca ainda os sinais de alerta para se procurar um oftalmologista. “Dificuldade para enxergar de perto ou de longe, visão turva ou embaçada, visão dupla, manchas escuras na visão, sensibilidade à luz, cores desbotadas, dor intensa nos olhos, vermelhidão, coceira, sensação de queimação, inchaço, olhos secos, lacrimejamento excessivo, dores de cabeça constantes. Todos são sintomas de que é preciso agendar uma ida ao especialista”, alerta.

Poluição e telas

A vida moderna também afeta a saúde dos olhos, o que se torna uma necessidade a mais de não postergar as consultas oftalmológicas. “A poluição, tanto do ar quanto a visual, e a exposição excessiva a telas que todos sofremos podem ter impactos negativos na saúde ocular, causando desconforto, fadiga e várias doenças”.

“É importante tomar medidas para minimizar esses riscos, como fazer pausas durante o uso de telas, usar óculos escuros ao ar livre e avaliar a saúde ocular regularmente com um especialista”, conforme salienta o presidente da SGO.

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