Professora é demitida após ter nudes vazados por alunos em Goiás

Alunos que usaram celular da professora para projeto escolar, divulgaram as imagens íntimas

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Uma professora foi demitida após ter sido vítima de exposição íntima na internet por alunos da própria escola em que trabalha. O caso aconteceu em Alto Paraíso de Goiás, em novembro do ano passado, mas teve repercussão nesta semana.

De acordo com Bruna Flor de Macedo Barcelos, ex-professora na Escola Estadual Doutor Gerson de Faria Pereira, ela emprestou o seu celular para que alunos tirassem fotos de um projeto realizado no colégio, que seriam usadas em uma atividade escolar.

No entanto, os alunos acessaram as fotos particulares dela e divulgaram as imagens dela em momento íntimos. Ela afirma que foi demitida dias após o vazamento de suas fotos mesmo cumprindo apenas oito meses de um contrato de cinco anos com a escola.

Em nota, a Secretaria de Estado da Educação de Goiás (Seduc) afirmou que o contrato foi encerrado com Bruna devido à convocação de professores efetivos, mediante realização de concurso.

Contudo, um documento obtido pelo jornal O Popular, mostra que a Seduc afirmou à Defensoria Pública que o motivo do desligamento estava relacionado ao fato de as imagens terem sido compartilhadas entre os alunos.

No documento, a Seduc escreveu que “a divulgação das fotos da ex-servidora não só trouxe grande constrangimento para a mesma, como causou extrema comoção, não só no âmbito escolar com estudantes e equipe gestora e pedagógica, como também junto aos pais e responsáveis dos educandos”.

A secretaria ainda afirmou que manter a professora na escola representava um “perigo iminente de prejuízo educacional”. O documento ainda cita que os alunos “encontravam-se extremamente envergonhados e acanhados, sem jeito de assistirem as aulas ministradas pela professora”.

A Polícia Civil investiga o caso e já ouviu a vítima, a diretora e os professores da escola. Segundo Bruna, ela trabalhou até o fim do dia sem saber da situação. Contudo, a direção, coordenação e corpo docente já sabiam que suas fotos estavam sendo compartilhadas pelos alunos.

Os alunos que acessaram e divulgaram as fotos íntimas foram identificados. A polícia apura o ato infracional análogo ao crime de divulgação de cena de nudez sem o conhecimento da vítima.

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