Professores de universidades e de institutos federais de educação e governo federal começam, a partir desta quarta-feira (26/6), a retomar as atividades acadêmicas, encerrando cerca de 70 dias de greve.
De acordo com o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), as atividades acadêmicas serão normalizadas até o dia 3 de julho.
Conforme o comando, a assinatura do acordo de fim do movimento, que estava marcada para hoje foi adiada para amanhã (27/6).
O pedido partiu da Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas (Fasubra).
A solicitação vem com o intuito de dar tempo para a realização da assembleia que deverá confirmar a saída a dos técnicos administrativos da greve.
A presidente da Associação dos docentes da Universidade de Brasília (Adunb), Eliene Novaes, informou à Agência Brasil que as aulas foram retomadas hoje com um “intenso debate sobre o calendário acadêmico”.
Bem como sobre o resultado do movimento que, segundo a entidade, traz ganhos para os professores e avanço na reposição salarial.
Cronograma
A definição do cronograma para retorno pleno das atividades, durante a reunião do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão da UnB, está prevista para quinta-feira (27/6) à tarde.
“Vamos reestruturar toda a programação de compensação de aulas de reposição das aulas durante o período de greve. Esse calendário é fundamental para assegurarmos, a estudantes e professores, todo direito ao ensino e às ações desenvolvidas”, conforme explicou a dirigente.
A proposta apresentada pelo governo – acatada pelo comando nacional de greve – foi a de reajuste zero em 2024, devido às limitações orçamentárias.
No entanto, para compensar, foi oferecida uma elevação do reajuste linear de 9,2% para 12,8% até 2026,, sendo 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026.
A Adunb informa que a recomposição orçamentária das universidades federais é apenas uma das demandas do movimento paredista.
Mas a entidade tem criticado a defasagem nos orçamentos e a intervenção no pleno funcionamento das universidades.
Fonte: Agência Brasil
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