Projeto de professores goianos vence premiação nacional. Jogo Xadrez Quilombola, que valoriza a cultura das comunidades, está entre os dez vencedores da segunda edição do Prêmio Professor Porvir.
A ação goiana vencedora é do professor Luiz Carlos Silva Júnior, do programa GoiasTec, bem como da professora Gisele Andrade da Silva, que leciona no Colégio Estadual Júlio César Teodoro, no município de Flores de Goiás.
A dupla de educadores recriou o tradicional jogo de xadrez ao substituir as peças por personagens quilombolas, com a proposta pedagógica de dar visibilidade à história dos quilombos em Goiás.
No magistério há 11 anos, Gisele leciona para o 8º e 9º anos do ensino fundamental em uma classe multisseriada na comunidade quilombola Canabrava.
Ela conta que a ideia do projeto surgiu durante um encontro presencial do programa GoiásTec.
Isso quando conheceu o professor Luiz Carlos, que já tinha experiência em criar jogos educativos. Juntos, eles somaram esforços e criaram o Xadrez Quilombola.
O gerente de projetos do Instituto Alana, Gabriel Salgado, que fez parte do júri do Prêmio Professor Porvir, considerou o projeto original e provocador ao unir o jogo de xadrez e a cultura quilombola.
“A reconfiguração dos personagens, com uma revisão da narrativa colonial, promove a valorização de povos historicamente vulnerabilizados, como negros, indígenas e mulheres, gerando reflexões importantes sobre representatividade e histórias que precisam ser contadas”, conforme destacou ele.
Premiação
O prêmio dividido em três categorias: Etapas de Ensino, Categorias Especiais e Votação Popular.
Mas todos os premiados participarão de um livro digital sobre os projetos vencedores.
Assim, receberão também o selo ‘Professor Porvir’, tornando-se influenciador da educação. A edição 2025 do prêmio recebeu 951 inscrições.
Na fase semifinal foram 30 projetos que resultaram na seleção das 10 iniciativas premiadas no mês de maio.
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