Rio Grande do Sul pode voltar a ter fortes temporais na próxima semana

Diques estão sendo insuficientes para proteger cidades, diz ministro

Porto alegre alagada em foto aéreaFoto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

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Rio Grande do Sul pode voltar a ter fortes temporais na próxima semana, de acordo com o ministro Paulo Pimenta.

Conforme ele explicou, nas próximas terça, quarta e quinta-feira, pode chover entre 100 e 150 milímetros (mm).

Sobretudo na porção noroeste no estado e na região metropolitana de Porto Alegre.

“É muito provável que a gente volte a ter um outro pico de chuvas fortes na semana que vem”, disse Pimenta, durante entrevista coletiva.

O ministro lembrou que, após a cheia de 1941, praticamente todos os municípios da região metropolitana de Porto Alegre são protegidos por um sistema de diques e casas de bomba.

“São municípios em que parte da sua área está praticamente no nível do mar, no nível do rio, mas sem os diques e sem o muro em Porto Alegre, a probabilidade e a possibilidade de inundação seriam muito grandes.”

Diques

“Ao longo do tempo, esses diques e casas de bomba passaram a ser de responsabilidade dos municípios. O que ocorreu nessa enchente?”, contou o ministro.

Em primeiro lugar, a cota para a qual esses diques foram construídos foi a da enchente de 1941.

Como em algumas regiões ocorreu uma inundação superior a 70% a mais do que em 1941, algumas situações em que a água passou por cima do dique.

“Em segundo lugar, tivemos outras situações em que houve rompimentos de dique e tivemos também uma capacidade de resposta do sistema de bombas que foi insuficiente”, disse Pimenta

“Não é nosso objetivo aqui e agora entrar na análise disso. O fato é que foi insuficiente”, destacou.

“Essa água entrou por cima do dique ou rompeu os diques e, mesmo com o rio baixando, ela não vai embora porque o dique ficou como proteção contrária. Virou uma piscina”.

De acordo com o ministro, grandes piscinas estão na região metropolitana, especialmente Canoas, São Leopoldo e Porto Alegre.

“São as três regiões que temos a maior quantidade de pessoas que não podem voltar para casa e sequer temos condições, enquanto poder público, de saber se essas áreas poderão ou não voltar a ser local de moradia enquanto a água não baixar”, concluiu.

Fonte: Agência Brasil

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