Saúde estadual realiza 338 mil cirurgias eletivas em dois anos

Entre janeiro de 2023 e novembro de 2024, foram investidos R$ 4,69 bilhões

Goiás ultrapassou a marcaFoto: Iron Braz/SES-GO

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Nos últimos dois anos, Goiás ultrapassou a marca de 338 mil cirurgias eletivas realizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Entre janeiro de 2023 e novembro de 2024, foram investidos R$ 4,69 bilhões na ampliação do acesso aos procedimentos e na organização das listas de espera, segundo a Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO).

O esforço incluiu medidas inéditas no país, como a criação de uma fila única, busca ativa de pacientes via mensagens de texto e parcerias com hospitais conveniados. “O sistema Regnet permitiu um gerenciamento eficiente das filas de cirurgias eletivas, possibilitando a identificação e priorização de pacientes em todos os 246 municípios goianos. Essa inovação foi amplamente elogiada pelo Ministério da Saúde”, afirmou o secretário de Saúde, Rasível Santos.

Em dezembro de 2022, a fila acumulava 125.894 procedimentos pendentes. Ao final de 2023, apenas nas unidades próprias, eram 63.856 pacientes aguardando. Durante 2024, 56.983 novas solicitações foram incluídas, totalizando 120.839 pessoas na espera. Nesse mesmo período, 104.018 cirurgias foram realizadas, reduzindo o número para 16.821 pacientes na fila no fim de setembro.

No encerramento de 2024, somando as novas entradas e os registros municipais, a fila chegou a 50.029 pacientes. Apesar desse volume, o governo estadual zerou as pendências herdadas de 2022 e garantiu a inclusão de novos pacientes na fila única, criada para dar maior transparência ao processo.

A estruturação do Regnet, sistema estadual de regulação, foi um dos pilares para o avanço no atendimento. A ferramenta, escolhida como projeto-piloto pelo Ministério da Saúde, unificou as filas municipais e possibilitou uma regulação digital e em tempo real. “Atender com agilidade é prioridade, e o Regnet foi fundamental para isso”, afirmou Rasível Santos, destacando ainda a parceria com o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems).

Ao todo, o Estado destinou R$ 4,6 bilhões em recursos do Tesouro Estadual, enquanto o governo federal aportou R$ 60,8 milhões no período. A expectativa é de que o número de cirurgias cresça em 2025 com a implementação do Saúde Integrada de Goiás (Sigo), um novo sistema de regulação. Segundo Lorena Mota, superintendente de Regulação e Acesso à Saúde, “a transparência é outro ganho com o Sigo, pois pelo site da SES é possível consultar o painel e acompanhar a posição na ordem de espera”.

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