SindiJor emite nota de solidariedade à jornalista Nathália Freitas

coletiva Atlético NatháliaFoto: reprodução

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O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de Goiás emitiu uma nota de solidariedade à jornalista Nathália Freitas, da Rádio CBN e TV Anhanguera, constrangida pelo presidente do Atlético Goianiense, Adson Batista.

“A jornalista, que mantém conduta profissional irretocável em todos os veículos onde atua e atuou, não merecia o tratamento dispensado pelo dirigente esportivo, que já demonstrou comportamento desrespeitoso com outros colegas em ocasiões anteriores”, conforme a nota.

“Esperamos que essa conduta, inaceitável em um momento de busca por maior igualdade de oportunidades profissionais em todas as áreas, sirva de reflexão e incentive a mudança de comportamento por parte deste e de outros dirigentes. Que todos os profissionais, independentemente de gênero, seja trataos com respeito que merecem”, assim concluiu a nota do SindJor.

Entenda

O presidente do Atlético-GO, Adson Batista, fez um comentário machista ao responder a repórter Nathália Freitas durante uma entrevista coletiva, na noite desta quarta-feira (29/01). O dirigente sugeriu que a jornalista fez uma avaliação sobre um jogador apenas porque o achou “bonitinho”.

Após um empate sem gols entre Dragão e o Goianésia, no Estádio Antônio Accioly, Nathália Freitas, repórter da CBN/Goiânia e da TV Anhanguera, participava da entrevista coletiva quando questionou Batista sobre a partida. Ao responder, ele questionou quem ela considerava que havia feito uma partida razoável.

Nathália respondeu: “Talvez o Alejo”, referindo-se ao atacante Alejo Cruz. Em seguida, Batista rebateu, afirmando que o jogador errou muito. Além disso, disse que a jornalista fez essa avaliação apenas porque “achou ele bonitinho, só isso”.

Diante da declaração, a repórter contestou o comentário. “Não posso aceitar esse seu comentário, que você fez porque eu sou mulher”, disse. Batista tentou se desculpar, mas minimizou a reação de Nathália ao afirmar que não queria “fazer barraco”. Após o episódio, a jornalista se retirou da entrevista.

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